Diante da quinta fase de expansão da pandemia no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou que não vê necessidade de ampliar a obrigatoriedade das máscaras, mas reforçou o pedido para elas serem usadas — principalmente no transporte público e em lugares fechados ou com aglomerações.
Em coletiva nesta segunda-feira (6), o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, ressaltou que a recomendação é a mesma desde 6 de abril deste ano, quando o governo do Estado acabou com a exigência do comprovante de vacinação e com a obrigação do equipamento de proteção individual, de maneira generalizada.
A orientação foi enfatizada pelo secretário Nésio Fernandes em vários momentos da coletiva. "Há uma recomendação explícita. Em 2020 já comentávamos que as máscaras poderiam se incorporar à cultura do brasileiro, principalmente na época de sazonalidade das doenças respiratórias", lembrou.
Ele também defendeu que o atual momento da pandemia — de crescimento de casos da Covid-19 — requer comportamento diferenciado. "Pedimos para que as pessoas não subestimem sintomas leves, achando que é um quadro de alergia. Procurem os testes e façam o isolamento", afirmou.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a nova fase de expansão da pandemia já perdura há seis semanas no Espírito Santo. A expectativa é que ela se estenda até o final deste mês de junho — com um provável aumento de internações e mortes — e apresente queda ao longo de julho.
"Até a quinta semana, os casos dobravam a cada 14 dias. Já na última semana, eles dobraram em apenas sete dias. Tivemos também uma positividade que saiu de menos de 10% para 19% em apenas uma semana, mas ainda sem impacto significativo na procura por leitos", detalhou Nésio.
Dados relativos a maio ajudam a entender o atual momento. No último mês, o Estado teve um aumento de 24% nas infecções, se comparado a abril. Ao mesmo tempo, os óbitos apresentaram uma redução de 67%. Em números absolutos, maio terminou com cerca de 7 mil casos e 18 mortes.
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