ES orienta que festas de fim de ano e carnaval exijam comprovante de vacinação
Secretaria de Saúde (Sesa)publicou uma nota técnica com orientações para eventos. Prefeituras têm autonomia para organizar e autorizar eventos em locais abertos, como praias, mas devem observar situação epidemiológica do município e exigir cuidados
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou uma nota técnica nesta quarta-feira (1), orientando os municípios do Espírito Santo a priorizar, durante as festividades de fim de ano e carnaval, os eventos em que seja possível garantir o acesso apenas de pessoas vacinadas contra o novo coronavírus, por meio da apresentação de comprovante de imunização.
O texto destaca que o governo do Estado tem avançado na liberação de atividades econômicas e sociais, sendo a ampla disponibilidade de vacinas o fator crucial que possibilitou progredir em relação a liberação de eventos com maior quantitativo de público.
Réveillon de Itapemirim . (Divulgação/Itapemirim)
“Eventos como shows musicais, fogos de artifício da virada de ano e outras festividades possuem características próprias que muitas vezes dificultam a adesão ao uso de máscara, o respeito ao distanciamento e a adequada higiene das mãos. A exigência de comprovante de vacinação contra a Covid-19, para acessar esses eventos, tem se mostrado a medida mais eficiente para diminuir os riscos de propagação do vírus da Covid-19 durante essas atividades.”
Apesar disso, as prefeituras têm autonomia para organizar e autorizar eventos em locais onde não é possível a realização de controle de acesso apenas de pessoas vacinadas —como as praias — mas devem observar critérios epidemiológicos e de cobertura vacinal do município, e exigir outros cuidados.
É orientado, por exemplo, que as cidades:
Analisem criticamente a situação epidemiológica da Covid-19 do município, e o nível de risco do município, conforme classificação do Mapa de Gestão de Risco, divulgado semanalmente pelo Governo do Estado;
Avaliem os dados de cobertura vacinal contra a COVID-19. Sugere-se que a cobertura municipal esteja superior a 80% da população adulta com o esquema vacinal primário completo; 90% da população de 12 a 17 anos vacinados com a primeira dose e 90% da população idosa apta vacinados com a dose de reforço. Sugere-se ainda avaliar o perfil de origem do público, como por exemplo os municípios que recebem turistas. Em locais onde predominará a presença de público de outras cidades ou estados, apenas o critério de cobertura vacinal do município não terá significado objetivo;
Avaliem a capacidade logística e operacional das equipes de planejamento e de campo da prefeitura e demais agentes públicos para reorganizar e ordenar os espaços, para realizar ações educativas e fiscalização eficazes.
É necessário garantir possiblidades para uma boa adesão ao uso de máscara e sem aglomerações. Sugere-se que haja um planejamento cuidadoso e sejam adotadas medidas que favoreçam a dispersão e não o acúmulo de pessoas em pontos das cidades. Importante que o planejamento dos organizadores preveja ações que favoreçam a adequada higiene das mãos, se possível instalando lavatórios públicos com água e sabonete em diversos pontos, disponibilizando pontos com álcool em gel e banheiros públicos.
Não obstante, a nota destaca que, até o momento, nenhuma microrregião do Estado atingiu todos os critérios para ingresso no nível de risco muito baixo.