O Espírito Santo pagou R$ 0,19 por cada um dos 6 milhões de conjuntos de seringa e agulha importados do Paraguai, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. Neste sábado (16), 1,5 milhão de unidades chegaram ao Estado, o volume foi suficiente para encher um caminhão. O material será utilizado na imunização contra o novo coronavírus, quando a vacinação for autorizada no país.
Ao todo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) gastou o equivalente a R$ 1,14 milhão na compra de agulhas e seringas. Essa aquisição foi realizada em outubro do ano passado. De acordo com o secretário da saúde, o planejamento antecipado do Estado fez toda a diferença na aquisição do material.
O preço unitário da compra realizada pelo governo do Espírito Santo (R$ 0,19) é inferior ao pago por outros Estados do país, como Minas Gerais, em que cada conjunto saiu a R$ 0,89. Essa diferença de valores é de 78,6%. No total, o Espírito Santo economizou o equivalente a R$ 4,2 milhões, em relação a Minas.
Vale lembrar que o equipamento adquirido pelo Estado é um conjunto descartável que contém uma seringa e uma agulha. Cada um deles vem em uma embalagem destacável. Ou seja, é de uso individual. Dessa forma, cada paciente receberá a dose da vacina de Covid-19 e, após ser usado, o equipamento será apropriadamente descartado, já que ele não pode ser reutilizado.
O secretário da Saúde explica que, no final do ano passado, a empresa que ganhou a licitação para o fornecimento dos 6 mil kits de agulhas e seringas apresentou ao Estado uma programação de envio do equipamento. No entanto, ela poderia sofrer ajuste devido ao aumento da produção da indústria, em virtude da demanda mundial.
De acordo com Nésio, mesmo sem a chegada do estoque total de seringas, o Espírito Santo tem plenas condições de garantir que, até o final deste mês, já terá em mãos a maior parte do equipamento adquirido da empresa do Paraguai.
"Além dessa compra de 6 milhões, existe ainda outro processo de licitação já aberto para a aquisição de 10 milhões de seringas, e temos saldo de mais 4 milhões em uma ata de registro de preço vigente já na Sesa. Então, não nenhuma possibilidade de faltar seringas no Estado. Temos condições tanto com as 6 milhões quanto com a compra de mais seringas para todo o Estado", explica.
Nésio também comenta que, se o Estado tivesse hoje, em mãos, 1 milhão de doses da vacina para a população, conseguiria aplicar todas elas com o estoque atual de seringas, isso sem considerar as que chegaram neste sábado (16).
O secretário explica ainda que o programa de imunização têm três níveis de responsabilidade. A União faz a regulação, aquisição e distribuição de doses de vacinas para os Estados. O Estado, por sua vez, compra as seringas e enviam aos municípios. Já quem executa a vacinação são os municípios, que também são responsáveis pela compra de EPIs, como máscaras e luvas. "No ano passado compramos R$ 14 milhões em EPIs e distribuímos aos municípios", complementa.
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