Cada morte registrada ao longo de toda a pandemia é um impacto para famílias e amigos, mas quando se chega a alguns marcos numéricos, como os 11.005 óbitos que o Espírito Santo registrou nesta segunda-feira (7), a dimensão da tragédia da Covid-19 fica ainda mais evidente para todos. E o Estado precisou de menos de um mês para passar de 10 mil para 11 mil mortos em decorrência da doença.
O intervalo não é o mais curto da pandemia, mas demonstra que o número de mortes permanece elevado apesar da tendência de queda nas últimas semanas. Maio de 2021 apresentou-se, desde o início da crise sanitária, como o segundo pior mês em quantidade de óbitos — atrás apenas de abril, o mais letal até o momento.
Na contagem de cada mil mortes, todos os piores momentos foram registrados neste ano: de 7 mil para 8 mil, foram 16 dias; de 8 mil para 9 mil, 14 dias; e de 9 mil para 10 mil, 19 dias. Agora, o intervalo foi de 27 dias.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que o Espírito Santo vivencia um momento de estabilidade, com queda nos indicadores na Grande Vitória, e aumento em pequenos municípios do interior. Contudo, ressalta que a pandemia não acabou e, para que não haja novos picos da doença, internações e mortes, a população precisa contribuir com a adoção dos protocolos de segurança, como uso de máscara e não aglomeração.
A expectativa do secretário Nésio Fernandes, que apresentou um panorama da Covid-19 no Estado em coletiva nesta segunda-feira (7), é que a ampliação do público-alvo da vacinação, que agora se estende por faixas etárias, possa reduzir a gravidade dos casos, que leva à internação e a mortes. Enquanto não é possível alcançar a imunidade coletiva com a vacina, ele reforça a importância de medidas preventivas e da testagem.
Nésio Fernandes frisa que tanto a população deve procurar as unidades de saúde ao menor sinal de sintoma gripal, quanto os gestores municipais devem ampliar a testagem dos moradores que buscam os serviços da cidade, uma vez que a Sesa já disponibilizou testes para esse atendimento. O teste em larga escala, ressalta o secretário, permite a identificação e o isolamento de casos, criando barreiras para a disseminação do coronavírus.
• 1 mil mortes: em 13 de junho, com 100 dias de pandemia
• 2 mil mortes: em 12 de julho, com mais 29 dias
• 3 mil mortes: em 21 de agosto, com mais 40 dias
• 4 mil mortes: em 15 de novembro, com mais 86 dias
• 5 mil mortes: em 29 de dezembro, com mais 44 dias
• 6 mil mortes: em 8 de fevereiro, com mais 41 dias
• 7 mil mortes: em 23 de março, com mais 44 dias
• 8 mil mortes: em 8 de abril, com mais 16 dias
• 9 mil mortes: em 22 de abril, com mais 14 dias
• 10 mil mortes: em 11 de maio, com mais 19 dias
• 11 mil mortes: em 7 de junho, com 27 dias de pandemia
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