Com o avanço da vacinação, a expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é que de que o Espírito Santo tenha microrregiões classificadas em risco muito baixo para a Covid-19 já no Mapa de Risco que será divulgado nesta sexta-feira (15). A partir dos dados de imunização, é esperado que a Região Sudoeste Serrana seja a primeira a atingir os índices necessários para migrar de cor. Assim, os municípios que a compõem adotariam as novas regras a partir da próxima segunda-feira (18).
Há ainda a previsão de que o mapa do Espírito Santo esteja todo azul ainda no mês do novembro, com todas as 10 microrregiões classificadas como risco muito baixo. Isso significa, entre outras medidas, a liberação de atividades como grandes eventos e boates em todo o território capixaba.
O risco muito baixo é uma nova classificação para transmissão da Covid-19. Essa categoria, identificada com a cor azul no Mapa de Risco, retira as restrições impostas nas demais classificações. Contudo, exigências como uso de máscaras e a comprovação de vacinação são exigidos.
Ao contrário das classificações anteriores, o risco muito baixo é alcançado por microrregião administrativa e não por municípios. Quando os municípios que compõem alguma das 10 microrregiões atingem as exigências definidas pelo Estado, a região toda migra para a cor azul. Uma vez no risco muito baixo, o local não volta mais para as classificações mais restritivas, a não ser em caso de nova emergência sanitária.
Para chegar ao risco muito baixo, é preciso alcançar os seguintes critérios:
A Região Sudoeste Serrana é que está mais perto de migrar para o risco muito baixo. Até a manhã desta segunda-feira (11), 70,79% dos adultos haviam sido vacinados com a segunda dose. Entre os adolescentes com a primeira dose, o índice era de 82,11%, enquanto que os idosos com a terceira dose chegam a 71,58%.
Sete municípios fazem parte da Sudoeste Serrana: Laranja da Terra, Afonso Cláudio, Brejetuba, Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Marechal Floriano e Conceição do Castelo.
Confira os dados por microrregião:
De acordo com dados da Sesa, quase 92% da população acima de 18 anos no Espírito Santo já recebeu a primeira dose. Já a imunização com a segunda dose ou dose única está em 64%. Os adolescentes que tomaram a primeira dose já chegam a quase 65%, enquanto que a dose de reforço foi aplicada em 65% do grupo para qual é destinada.
"Nós caminhamos para a perspectiva que a ampla maioria da população esteja vacinada ainda este ano, inclusive no mês de novembro. Tem vacina para todo mundo, não falta vacina para ninguém. Se vacinar é um ato de responsabilidade", frisou o subsecretário Luiz Carlos Reblin, chamando atenção para a necessidade das pessoas tomarem a segunda dose da vacina.
Mesmo no risco baixo, apesar de poderem funcionar sem restrição de dia e horário, esses estabelecimentos têm que manter um número máximo de clientes dependendo da área disponível. No risco muito baixo, essas restrições não estarão mais em vigor, mas ainda será preciso o uso de máscara tanto por clientes quanto por trabalhadores.
Atividades já são permitidas no risco baixo, porém com no máximo uma pessoa a cada 10m² de área do local. No risco muito baixo não haverá mais essa limitação. Contudo, por se tratarem de atividades culturais, será exigida a vacinação com as duas doses. O uso de máscara será mantido.
Atualmente, também é exigida a restrição do número de pessoas segundo o tamanho do estabelecimento, além de distância mínima entre as mesas. Essas medidas também serão extintas nos locais em risco muito baixo.
As boates estão proibidas de funcionar desde março de 2020, no início da pandemia. Com a extinção das medidas restritivas em vigor, elas poderão passar a funcionar nas regiões de risco muito baixo. Será obrigatória apresentação do passaporte da vacina.
A partir do dia 11 deste mês, nas cidades de risco baixo, o rodízio nas escolas estaduais será suspenso, o que implica na volta ao ensino presencial para todos os estudantes. Com isso, o distanciamento entre as mesas, que era de 1,5 metros, volta para 1,2 metros, como era recomendado antes da pandemia. Para escolas municipais e privadas, o retorno é opcional. No risco muito baixo também não haverá restrições, a não ser a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscara.
Nas classificações de risco atuais (alto, moderado e baixo), há diferentes restrições para o funcionamento das academias, dependendo do tamanho do local e das atividades praticadas. No risco muito baixo, essas limitações são suspensas.
Na classificação de risco muito baixo, não haverá nenhuma restrição, ou seja, a lotação para eventos será aquela determinada no alvará do Corpo de Bombeiros de cada estabelecimento. Será exigido que todas as pessoas comprovem vacinação com duas doses ou com a dose única.
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