A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) estima a abertura de 191 leitos de UTI até o final do mês na rede pública - 172 especificamente para atendimento a pacientes com o novo coronavírus - mas a liberação das vagas depende do fornecimento de respiradores. O governo conseguiu efetuar a compra de equipamentos, porém a previsão de entrega ainda em maio é em quantidade inferior. O cenário muda caso o Ministério da Saúde faça o fornecimento das 300 unidades programadas para o Espírito Santo.
Numa parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Itália, que ajudou na intermediação, o Estado adquiriu 250 respiradores de fabricante italiano. Desses, segundo o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, a programação de entrega é de 60 para maio, 90 na primeira quinzena de junho e mais 100 em julho.
No Brasil, a Sesa efetuou ainda a compra de outros 110 respiradores para UTIs, dos quais 50 foram entregues e o restante tem cronograma também até julho. Agora em maio, serão apenas seis. O Hospital Dr Jayme Santos Neves, na Serra, por ser administrado por uma Organização Social (OS) realiza aquisições à parte: dos 99 equipamentos comprados, ainda falta o fornecimento de 29, cujo prazo final de entrega é o próximo dia 19.
Nos hospitais particulares, dos quais a Sesa tem comprado leitos de UTI para o SUS, a responsabilidade de aquisição de respiradores é da própria unidade privada, aponta Nésio Fernandes.
Para a rede pública ou particular, a dificuldade é que a demanda pelos equipamentos é alta em todo o mundo, e o tempo para o fornecimento acaba sendo maior que a necessidade do sistema de saúde. O plano de expansão de leitos de UTI no Espírito Santo depende, em boa medida, da aquisição de respiradores.
As vagas na terapia intensiva são destinadas aos pacientes que apresentam quadro clínico grave da Covid-19, em que uma das características é a dificuldade de respirar.
Por essa razão, reforça Nésio Fernandes, é fundamental o fornecimento de 300 respiradores por parte do Ministério da Saúde, cujo pedido do Estado foi feito há quase um mês, quando à frente da pasta ainda estava Luiz Henrique Mandetta. "Já fizemos aquisições, mas os equipamentos do governo federal continuam indispensáveis para atender a demanda crescente", finaliza o secretário.
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