Todas as microrregiões podem estar em risco baixíssimo para Covid-19 até novembro. Essa é a expectativa da Secretaria de Estado da Saúde, que informou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (21), que a Região Serrana pode ser a primeira a alcançar a cor azul no mapa de risco, já nos próximos dias.
“Precisamos reconhecer que a ampla maioria da população decidiu optar pela ciência e pela vida. O negacionismo foi praticamente derrotado, pois 95% da população adulta já foi vacinada pelo menos com a primeira dose ou dose única. Estamos entre os Estados com maior adesão à vacina. Reafirmamos a possibilidade concreta de ainda em novembro termos todas as microrregiões classificadas com risco muito baixo. É pouco provável que cheguemos em dezembro com risco baixo ou moderado”, disse o secretário de Saúde, Nésio Fernandes.
Segundo o subsecretário de Saúde, Luiz Carlos Reblin, as regras para o cenário azul estão sendo preparadas. “Estamos aqui terminando as regras gerais, que têm tudo a ver com a vacinação. O risco baixíssimo será alcançado nas microrregiões quando a população acima de 18 anos tiver 80% vacinada com duas doses e 90% dos idosos com a dose de reforço”, diz.
Segundo Reblin, o uso da máscara é regra “sine qua non”, ou seja, indispensável, e será mantida até que a Organização Mundial da Saúde (OMS) faça orientação para o contrário. No entanto, o próprio secretário Nésio Fernandes admite a dificuldade no uso da máscara em ambientes de dança ou de consumo de bebida alcoólica. Por isso, será essencial a exigência do passaporte da vacina, reduzindo os riscos de contágio.
“Também é necessário que todas as cidades tenham ao menos um ponto de testagem de livre demanda, a pessoa deve ir ao local e ter acesso independentemente de ter alguma recomendação de serviço de saúde. A gente está avançando e três coisas são fundamentais: máscara, testagem e vacina”, completa Reblin.
Na coletiva da Secretaria de Estado da Saúde, foi informado ainda que cerca de 300 mil pessoas estão com as vacinas em atraso, isto é, não retornaram para tomar a segunda dose. O número de pessoas que não compareceram aos pontos de vacinação no momento adequado já reduziu, pois chegou a ser de 360 mil.
“Também temos 46 mil pessoas que têm acima de 60 anos que já estão aptas no intervalo que o próprio Ministério da Saúde propôs, de seis meses, e que não foram vacinar. Se esse conjunto de pessoas comparecer, nós vamos elevar de quase 70% de cobertura vacina para acima de 80% de cobertura com a D2. Isso é importante tanto para quem tem menos de 60 anos quanto para quem tem mais de 60 anos para a dose de reforço”, disse Reblin.
Segundo Reblin, é importante tomar vacina e pedir para que parentes, amigos, comunidade, colegas de trabalho e pessoas que frequentam a mesma igreja tenham o compromisso de se vacinar.
Ele lembra que muitas cidades vêm adotando o modelo de livre demanda para vacinação, não sendo necessário fazer o agendamento on-line. Basta procurar o local de vacinação, levar documentos e tomar a dose.
Outra ação importante para reduzir o número de não vacinados é voltada para quem tem a chamada aicmofobia, que é o medo extremo de agulhas. A pessoa quer vacinar, mas não consegue por ter transtornos de ansiedade e fobia de injeção.
A Secretaria fará um censo para que as pessoas com esse tipo de fobia se cadastrem no Vacina e Confia. Ainda não se sabe quantas são, mas, inicialmente, mais de 300 pessoas já foram cadastradas no site. Veja os detalhes aqui.
Para Reblin, a vacina é de fato a arma mais eficiente nesta pandemia. “Mais de 68% da população adulta já tomou a segunda dose, estamos chegando próximo a 70%. Então com a medida de permitir a segunda dose Pfizer, mesmo para quem fez uso da AstraZeneca, nós rapidamente vamos alcançar uma cobertura para público acima de 18 anos muito próxima do desejado”, afirma.
Na coletiva, foi recomendado ainda que a população não subestime sintomas respiratórios e faça testagem nos locais disponibilizados pelos municípios, sem que seja necessário encaminhamento médico. Os locais de testagem serão ampliados nos próximos dias.
“Estamos discutindo expansão para os campi de Alegre e São Mateus, discutindo a adoção de unidade móvel que vai percorrer locais de Grande Vitória em locais de grande volume de pessoas, entre outras alternativas para que qualquer pessoa possa fazer a testagem”, diz o secretário Nésio.
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