Em um cenário de novo crescimento de casos de Covid-19 no Espírito Santo, o governo do Estado planeja, para setembro, adotar duas novas estratégias: reforçar a imunização de idosos com a terceira dose (D3) e reduzir para oito semanas o intervalo de aplicação da D1 e da D2 dos imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca. Também para o próximo mês está previsto o início da vacinação de adolescentes.
As medidas foram anunciadas na tarde desta segunda-feira (23) em entrevista coletiva na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e visam ao controle da disseminação do Sars-Cov-2 (coronavírus) e dos riscos de casos graves e mortes decorrentes da infecção.
O secretário Nésio Fernandes explicou que a imunização de adolescentes permitirá a redução da circulação do vírus, ao passo que oferecer uma dose de reforço para os idosos e antecipar a aplicação da segunda dose é uma estratégia capaz de evitar quadros mais graves que podem levar à internação e morte pelo fato de a pessoa não ter o ciclo completo de imunização. Atualmente, o intervalo da D1 para a D2 da Pfizer é de 12 semanas (ou no mínimo 84 dias) e, da Astrazeneca, 10 (pelo menos 70 dias).
Essas iniciativas dependem da disponibilidade de vacinas pelo Ministério da Saúde e a expectativa do secretário é que, ao longo desta semana, possa haver um posicionamento definitivo.
Entre os idosos, a faixa etária a ser contemplada vai depender da oferta de doses pelo ministério, ou seja, quanto maior a disponibilidade de vacinas, mais pessoas poderão ser beneficiadas com o reforço na imunização. O imunizante a ser utilizado também depende do governo federal, mas, segundo Nésio Fernandes, mesmo com fabricante diferente da D1 e da D2 não haverá prejuízo à estratégia.
Quanto à redução do intervalo entre as doses de vacina, o secretário avaliou que 8 semanas é o prazo máximo para aplicar a medida, pois não considera adequado, do ponto de vista de resposta imunológica do organismo à Covid-19, um ciclo menor entre a D1 e a D2 da Pfizer e da Astrazeneca.
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