> >
ES quer participar de estudo para agilizar vacinação de crianças contra a Covid

ES quer participar de estudo para agilizar vacinação de crianças contra a Covid

Vacina ainda não possui o aval da Anvisa e depende de novos testes para que seja liberada a aplicação em crianças da faixa etária de 3 a 11 anos. Casagrande disse que Estado pode contribuir para os estudos

Publicado em 22 de setembro de 2021 às 16:48

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Governador Renato Casagrande participa de cerimônia para receber 300 mil doses da Coronavac
Governador Renato Casagrande participa de cerimônia para receber 300 mil doses da Coronavac. (Governo de SP/YouTube/Reprodução)
Rafael Silva
Repórter de Política / [email protected]
Errata Correção
22 de setembro de 2021 às 22:00

O título anterior da matéria foi alterado para deixar claro que o objetivo do estudo é avaliar o grau da resposta imunológica de forma a agilizar a vacinação do público infantil, e não usar as crianças para checar se as vacinas são seguras.

O governo do Espírito Santo se colocou à disposição para participar dos testes da Coronavac como vacina contra a Covid-19 no público de crianças de três a 11 anos de idade. O governador Renato Casagrande (PSB), durante a cerimônia de entrega de doses adquiridas pelo Estado junto ao Instituto Butantan, disse que o Estado está disponível para receber os testes. A Coronavac já é utilizada em vários países para a vacinação de crianças e adolescentes, como China, Chile, Indonésia, África do Sul e, em breve, Colômbia.

No Brasil, apenas a Pfizer possui autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser utilizada em menores de 18 anos. Ela é liberada para aplicação em adolescentes acima de 12 anos. No Estado, o agendamento para a imunização desse público, utilizando a Pfizer, foi aberto na segunda-feira (20).

O Instituto Butantan, produtor nacional da Coronavac, chegou a fazer o pedido para o uso em crianças em adolescentes de três a 17 anos no país, mas a solicitação foi negada pela Anvisa em agosto.

Na ocasião, o órgão avaliou que no pedido não constavam dados suficientes da eficácia da vacina em crianças e adolescentes no Brasil, já que aqui os testes foram feitos apenas em adultos. O Butantan enviou dados de pesquisas nesta faixa etária realizadas fora do país, mas os dados não atendiam aos requisitos exigidos pela Anvisa. O instituto está, segundo o diretor-presidente, Dimas Covas, tentando providenciar o mais rápido possível os estudos solicitados pelo órgão.

"O Espírito Santo se coloca à disposição do Butantan para o uso da Coronavac em crianças e adolescentes de três a 11 anos, até porque a Coronavac ainda não está liberada pela Anvisa, mas já é usada para adolescentes e crianças em outros países. Então, nós nos colocamos à disposição para que a gente possa avançar neste caminho", destacou o governador do Espírito Santo.

Dimas Covas destacou que os testes internacionais mostraram que a Coronavac é a mais segura de todas as vacinas em uso para crianças acima de três anos de idade. Segundo ele, mais de 60 milhões de crianças foram vacinadas na China desde o início da pandemia com este imunizante.

"É a mais segura de todas as vacinas em uso. Os dados que nós temos hoje é de um acompanhamento de um bilhão e 100 milhões de pessoas vacinadas com a Coronavac. No mundo, a cada quatro pessoas, três usaram este imunizante. Então, temos uma margem de acompanhamento muito grande e, na vacinação de crianças e adolescentes, já temos vários países adotando ela também", pontua Covas.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais