A vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 deve, enfim, começar no Brasil. Após o Ministério da Saúde anunciar oficialmente o início da imunização, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que as doses da Pfizer podem ser aplicadas nas crianças capixabas a partir do dia 15 de janeiro.
A data será confirmada caso o governo federal envie o primeiro lote aos Estados no dia 14. Foram compradas 20 milhões de doses da Pfizer para garantir a imunização do público em todo o Brasil. A expectativa é que todas as crianças de 5 a 11 anos no Espírito Santo recebam ao menos uma dose até o mês de março, priorizando pessoas com comorbidades.
Seguindo recomendação do ministério, como anunciado pelo chefe da pasta, Marcelo Queiroga, pessoas com comorbidades devem ser as primeiras na fila da vacinação.
A ordem de prioridade é a seguinte:
O primeiro lote de vacinas que chegar ao Espírito Santo deve garantir a imunização de 7% das crianças capixabas, segundo Nésio Fernandes. A estimativa representa 27.300 pessoas, entre as 390 mil crianças no Estado estão aptas a receber a vacina contra a Covid-19. O número de doses destinadas ao Espírito Santo no primeiro lote ainda não foi anunciado.
Com a chegada de mais doses futuramente, o governo do Estado espera acelerar a vacinação. Nésio Fernandes comparou a velocidade do início da imunização de crianças ao processo de vacinação dos adultos. Segundo ele, quanto maior o número de doses, maior a chance de oferta em livre demanda, liberada para todas as idades. Em um primeiro momento, portanto, haverá uma priorização.
Em entrevista à jornalista Patrícia Vallim, da Rádio CBN Vitória, o secretário de Saúde garantiu que todas as crianças receberão a primeira dose até março. Logo, a imunização de crianças, com as duas doses aplicadas em um intervalo de oito semanas, poderá se estender até o mês de junho.
Nésio Fernandes comemorou que o Ministério da Saúde tenha descartado a ideia de pedir prescrição médica para a vacinação das crianças. A exigência ventilada pelo presidente Jair Bolsonaro não foi concretizada. Assim como os adultos, crianças de 5 a 11 não vão precisar de um documento extra na hora de tomar a vacina. Para que haja vacinação, basta estar acompanhada do responsável.
O anúncio da vacinação do grupo, ocorrido em coletiva de imprensa na quarta-feira (5), aconteceu 20 dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso da Pfizer no público infantil.
O secretário de Estado valorizou o Plano Nacional de Imunização. Reforçou o pedido para que os capixabas procurem a vacinação, rejeitando teses antivacinas.
O secretário de Saúde voltou a falar sobre uma autorização da Coronavac para vacinação de crianças. Atualmente, apenas a vacina da Pfizer está disponível para imunização do público infantil. Nésio Fernandes afirmou que uma autorização por parte da Anvisa poderia acelerar a cobertura vacinal.
"Se a Anvisa autorizar o uso da Coronavac, o Brasil pode encerrar o capítulo de mortes de crianças e adultos [por Covid-19], com uma virada no ano de 2022", diz.
O governo do Estado deve manter a atualização dos dados de vacinados contra a Covid-19 no Painel com acesso aberto ao público, agora com a inclusão das crianças. À CBN Vitória, Nésio Fernandes detalhou que o número de crianças vacinadas deve aparecer de forma separada, para melhor visualização.
O Painel Covid mostra a quantidade de casos da doença, número de mortes e curados, além da ocupação de leitos e andamento da vacinação. Clique aqui para acessar o Painel Covid.
A partir do dia 14 de janeiro de 2022. As primeiras doses de vacinas pediátricas contra a Covid-19 estão previstas para chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. O lote terá 1,248 milhão de doses. Não há detalhamento de quantas doses chegarão ao Espírito Santo. Segundo o secretário de Saúde, o primeiro lote poderá vacinar 7% do público infantil.
Não. A composição das vacinas infantis é diferente da dos adultos e contém um terço da dose. Para distingui-las, os frascos terão as cores laranja e roxa, respectivamente. O imunizante infantil poderá ser armazenado por um tempo maior, de 10 semanas, de 2°C a 8°C que a destinada a adultos, com prazo de quatro semanas. O frasco terá 10 doses.
O esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações.
Primeiro serão vacinadas as crianças com comorbidades e com deficiências permanentes. Depois será a vez dos indígenas e quilombolas. Depois, crianças que vivem com pessoas com riscos de evoluir para quadros graves da Covid-19. Por fim, crianças sem comorbidades.
Não. A obrigação de prescrição médica para aplicação da vacina não foi incluída como uma exigência. As crianças precisam estar acompanhadas dos responsáveis, o que é suficiente para a aplicação.
A reportagem de A Gazeta procurou a Secretaria de Estado da Saúde para saber se as vacinas continuarão sendo aplicadas em igrejas, postos de saúde e ginásios, mas ainda não teve retorno. O Estado de São Paulo, por exemplo, informou que deve imunizar o público infantil em escolas.
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