O aumento dos casos de arboviroses - doenças virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos - ao longo das últimas semanas no Espírito Santo, segundo o Ministério da Saúde, tem gerado preocupação devido à rápida disseminação das doenças. Dados divulgados pela pasta nesta segunda-feira (2) apontam que o Estado concentra a maioria das ocorrências do país.
Somente em 2024, foram contabilizados 152,8 mil casos prováveis de dengue, além de 40 mortes confirmadas e sete em investigação. Isso faz com que o coeficiente de incidência no Estado seja de quase 4 mil casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes. As informações são do Painel de Monitoramento de Arboviroses.
Os números também mostram que:
O Ministério da Saúde afirmou ainda que, recentemente, se reuniu com gestores estaduais e especialistas em vigilância e assistência de diversos estados para discutir a situação epidemiológica de arboviroses e ações de prevenção.
O encontro, organizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, teve como objetivo alinhar estratégias de controle de arboviroses no Brasil e o Espírito Santo foi um dos focos da reunião, devido ao aumento significativo de casos nas últimas semanas. “Esse cenário levou a discussões sobre a eficácia das ações de vigilância e a necessidade de reforçar o controle dos vetores”, informou a pasta.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que, desde a maior epidemia de dengue em 2023, quando o Espírito Santo registrou o maior número de óbitos e casos graves, a secretaria intensificou as ações de monitoramento das arboviroses, tanto no controle do vetor, quanto na assistência ao paciente e na educação em saúde com campanhas de marketing nas mídias.
Uma das principais estratégias adotadas foi a notificação constante, essencial para a identificação e controle de casos. Além disso, a pasta afirmou que tem ampliado a busca ativa ao registrar todos os casos suspeitos não apenas de dengue, mas também para as outras arboviroses, como zika, chikungunya, febre do oropouche, febre do Nilo e febre-amarela.
"A Sesa ressalta ainda que, além das ações do Governo, a participação da população é fundamental, pois cerca de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências. Por isso, é importante o envolvimento de todos na eliminação de possíveis criadouros", finalizou.
*Com informações da Agência Brasil
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