As mortes por afogamento estão crescendo no Espírito Santo. Conforme dados do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), 2023 registrou a maior incidência de óbitos nos últimos cinco anos: ao todo, 168 pessoas morreram afogadas ao longo do ano passado.
E o primeiro final de semana de janeiro já demonstra a necessidade de cuidados redobrados por quem vai a praias e cachoeiras, para que 2024 não mantenha a tendência de crescimento dos casos de afogamento, após um jovem morrer ao cair de um caiaque em Piúma, no sábado (6) e um homem se afogar na Praia da Costa, em Vila Velha, no domingo (7).
Com o período de férias e de verão, quando praias, clubes e cachoeiras estão mais cheios, é possível notar um aumento de 45% nos casos de afogamento, segundo o Corpo de Bombeiros. Índice que pode ser ainda maior, já que, em alguns casos, a corporação não é acionada pela população.
“Nós notamos um grande aumento no número de mortes, principalmente no período pós-pandemia, já que a população está viajando mais, está frequentando mais as praias, mas, infelizmente, não está se conscientizando sobre os cuidados na água”, explica a capitã Gabriela Andrade, diretora de operações do CBMES e especialista em salvamento aquático.
Só em 2023, foram 28 mortes no mar, seis em piscinas, 59 em lagos, lagoas e represas, 51 em cursos d’água, oito em cachoeiras e 16 em locais não identificados (NI). As principais vítimas foram homens abaixo de 29 anos, que, normalmente, ingeriram bebida alcoólica no dia do fato.
Para evitar os casos de afogamento, a capitã Gabriela relaciona três dicas:
A capitã Gabriela acrescenta que, quando alguém se deparar com outra pessoa se afogando, não deve entrar na água para tentar salvar, por mais que seja um ótimo nadador. "Para realizar um salvamento, é necessário muito mais do que preparo físico, é preciso um preparo psicológico, já que o afogado pode entrar em pânico, e, na confusão, quem entra para salvar acaba se tornando uma nova vítima”.
Além disso, a militar indica que, em casos de avistar uma pessoa em vias de se afogar, o ideal é que sejam oferecidos objetos flutuantes para as vítimas, como pranchas de surfe, boias e pedaços de isopor, por exemplo. “Evite, ao máximo, o contato direto com quem está se afogando”, finaliza Gabriela.
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