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ES registra maioria das mortes por dengue no Brasil

ES registra maioria das mortes por dengue no Brasil

Até a última quinta-feira (9), das 19 mortes por dengue registradas no Brasil, nove eram do Espírito Santo. Na sexta (10), o número de mortes no estado subiu para 11

Publicado em 11 de março de 2023 às 11:32

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Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. (Divulgação)

De 1º de janeiro a 4 de março deste ano, a maioria das mortes por dengue registradas este ano no Brasil aconteceu no Espírito Santo. Até quinta-feira (9), das 19 mortes por dengue registradas no Brasil, nove eram do Espírito Santo. Na sexta (10), o número de mortes no estado subiu para 11. Com 37.565 mil casos registrados até a mesma data, o governo do estado já declarou que o Espírito Santo vive uma epidemia da doença.

O número de casos de dengue registrados em 2023 já ultrapassou o total de casos de todo o ano anterior, quando foram registrados 20.929 casos e 6 mortes no estado.

O movimento de pacientes com suspeita de dengue aumentou em 74% nas unidade de saúde da capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. No bairro de Maruípe, foi montado um ponto de hidratação para receber os pacientes.

"O paciente da dengue precisa muito de um manejo clínico específico, porque ele desidrata muito rápido. É fundamental que o munícipe realmente saiba que ele precisa procurar uma unidade, porque, infelizmente a gente perdeu para o mosquito", falou a secretária de Saúde de Vitória, Joanna de Jaegher.

As autoridades orientam que a população busque orientação médica logo nos primeiros sintomas, já que a dengue tem um tratamento bem específico. Tomar um remédio errado, por exemplo, pode agravar a situação do paciente e levá-lo a morte.

O médico infectologista Luís Henrique Borges orientou que pessoas com dengue não abusem de medicamentos como paracetamol, que pode potencializar uma hepatite provocada pela dengue, e anti-inflamatórios, que podem gerar hemorragias gástricas, potencializada pela queda de plaquetas da dengue.

"O paciente com dengue tem, basicamente, dois riscos: risco de desidratação e risco de hemorragia", disse o médico.

Já o paciente que toma remédios por problemas crônicos, especialmente de doenças cardíacas e hipertensão, precisam de orientação do médico que o acompanha.

Verão chuvoso e tipos de vírus

Para o médico infectologista Luís Henrique Borges, o versão quente antecedido por bastante chuva criou um ambiente favorável para proliferação do mosquito e pode explicar o aumento dos casos.

Outro fator que também estaria influenciando a epidemia, segundo o especialista, é a circulação de dois tipos de vírus da doença, tipo 1 e tipo 2, que se comportam como vírus diferentes.

Quando buscar ajuda

Sintomas

Orientação: hidrate-se ao primeiro sintoma e procure os serviços de saúde já tomando líquido. O que diminuiu a gravidade e salva a vida da pessoa é a ingestão de líquido.

"No menor sintoma, como febre, dor no corpo, dor ao redor dos olhos, dor abdominal, é [preciso] começar uma hidratação, tomar líquido em casa e já procurar o serviço de saúde para que a equipe possa confirmar ou descartar e fazer o monitoramento adequado do paciente", disse o secretario estadual de Saúde, Luís Carlos Reblin.

Com informações de Paulo Ricardo Sobral, da TV Gazeta

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