As forças de segurança do Espírito Santo registraram 308 denúncias de ataques a escolas do primeiro dia de 2023 até esta quarta-feira (26). A informação foi repassada em coletiva de imprensa da Polícia Civil sobre as investigações adotadas nesses casos nesta quinta-feira (27).
Em relação às ameaças de ataques a escolas consideradas pela polícia como mais concretas, 11 adolescentes e dois adultos – de 19 e 24 anos, estudantes de faculdades – foram identificados como sendo os autores. Desses, dois adolescentes foram apreendidos. Ao todo, 14 pessoas foram ouvidas em investigações abertas pela polícia e foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
O secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre Ramalho, disse que todas as denúncias recebidas foram investigadas e alguns casos até mesmo continuarão a ser monitorados pela Polícia Civil, que agora conta com um Núcleo Especializado em Segurança Escolar. O núcleo vai atender casos de ameaças e analisar as ocorrências, dando informações para delegacias de todo o Estado.
"Todas as denúncias foram para o sistema de inteligência e passaram pelo crivo da Subsecretaria de Inteligência. As que apresentavam ameaça real a escolas foram encaminhadas para a companhia de polícia especializada e delegacias locais para apuração, com visita da PM a escolas e presença junto à comunidade, tentando entender se tinha procedência ou era falsa", afirma Ramalho.
Das 13 pessoas que de fato ameaçaram ambientes escolares, dois casos traziam elementos que indicavam que um ataque poderia realmente acontecer. Um adolescente do interior do Estado, inclusive, tinha croqui (desenho) com todo o plano de ataque, material encontrado após a polícia ter pedido busca e apreensão.
Segundo o coordenador do núcleo, Eduardo Arcos, a finalidade do grupo especializado em segurança escolar é dar maior agilidade à apuração das denúncias, tanto pelas agências de inteligência quanto pelas polícias militar ou civil. "Permite que a gente consiga tomar medidas necessárias de uma forma mais rápida e, quando identificados os possíveis autores ou pessoas suspeitas, remeter as unidades locais para que elas também ajam", detalha.
Arcos explica que a principal forma de recebimento de denúncias é pelo telefone 181 e pede a colaboração da população. Mas acrescenta que as informações também chegam a partir das polícias de outras unidades federativas, de outras agências de inteligência e até mesmo de agências internacionais.
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