A noite de quarta-feira (17) foi marcada por chuva intensa, ventos fortes e incidência de raios no Espírito Santo. Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), foram registrados 2.804 relâmpagos, das 18h às 23h59, uma média de 467 descargas elétricas por hora. Entre esses fenômenos, 1.521 foram raios, ou seja, quando o relâmpago chega a atingir o solo.
As descargas elétricas são comuns nesta época do ano, conhecida como “temporada dos raios”, devido à alta umidade do ar, típica do verão. Mas a incidência registrada no Espírito Santo, considerada alta pelo Elat, foi intensificada pelo fenômeno chamado de Sistema Frontal, que é quando há o encontro de uma massa de ar quente e uma massa de ar frio.
Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica, a previsão de clarão no céu continua, e novos relâmpagos estão previstos para o Espírito Santo entre esta quinta-feira (18) e sexta (19).
Segundo o professor de Engenharia Elétrica do Ifes/Vitória, Pablo Rodrigues Muniz, além da alta incidência de raios ser comum nessa época do ano, outro fator também influencia, que é a poluição atmosférica. “O material particulado em suspensão, como aerossol, minério de ferro, carvão mineral, tornam o ar atmosférico mais condutivo para as descargas elétricas”, explica.
Muniz também pontua alguns cuidados fundamentais para se proteger dessas descargas:
Caso esteja fora de casa e comece uma tempestade, procure uma construção ou prédio de alvenaria que tenha proteção contra raios. Se isso não for possível, a dica é manter-se dentro de um carro ou de um ônibus. Como veículos têm a carroceria metálica e pneus de borracha, funcionam como isolante eletromagnético.
Não se abrigue embaixo de árvores ou postes. Estruturas mais altas e pontudas são mais propensas a receberem a descarga atmosférica.
Apesar de não ter estudos que comprovem a propensão de raios incidirem diretamente no aparelho, sabe-se que ele cria um campo eletromagnético mais forte, por isso, o ideal é não manuseá-lo nesses locais.
Caso o imóvel tenha para-raios e as instalações elétricas tenham sido feitas corretamente, não é necessário desligá-los das tomadas. Do contrário, o ideal é desligá-los e desconectá-los para não correr risco de queimá-los.
Muito cuidado com locais descampados. Praias, campos de futebol e pastos se tornam um captor de alto potencial para as descargas atmosféricas.
Os para-raios podem se danificar por diversos motivos, como corrosão, ventania, aves que pousam dentre outros. Por isso, é fundamental a sua manutenção periódica para garantir a eficiência do equipamento.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta