Neste sábado (3), 143 capixabas contaminados pela Covid-19 estão aguardando leitos de enfermarias e UTIs. Os dados foram atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no final da tarde. Destes, 61 esperam uma vaga de enfermaria, quatro de UTI e outros 78 foram atendidos pelo SAMU e aguardam para serem levados a uma unidade hospitalar.
Nas últimas 24h, o Estado registrou 1.614 novos casos de coronavírus e 35 óbitos decorrentes da doença, segundo dados do painel Covid-19.
O tempo de espera pelo leito tem aumentado. Em alguns municípios, como Cariacica e Vitória, há pacientes esperando há mais de dois dias. A espera causa apreensão nas famílias, que muitas vezes têm dificuldade de conseguir informações sobre o estado de saúde dos pacientes e dependem da fila de espera para conseguir prosseguir o tratamento.
Entre os pacientes que aguardam um leito de enfermaria, 51 estão esperando há menos de 24h, nove há mais de 24h, e um há mais de 48h. A Sesa não informou há quanto tempo estão aguardando os que esperam um leito de UTI.
Dos 143, 78 foram socorridos pelo SAMU e serão encaminhados para Unidades de Pronto Atendimento ou hospitais de referência. Os pacientes que estão em estado grave podem ser regulados pelo próprio SAMU e encaminhados para os hospitais de referência com a chamada "vaga zero".
A secretaria esclareceu, por nota, que a engenharia de regulação das vagas é feita de acordo com o quadro clínico de cada paciente. "É importante esclarecer que para uma transferência ser realizada é necessária a atualização do perfil do paciente sempre que ocorrerem mudanças no quadro clínico que possam impactar no tipo de leito inicialmente solicitado", aponta.
O governo estadual tem inaugurado novos leitos, mas a aceleração dos casos e o aumento no número de internações provoca uma "pressão assistencial". Mesmo com o aumento frequente no número de vagas para tratar os doentes, o Estado encontra dificuldade em obter insumos, medicamentos e recursos humanos – médicos, enfermeiros e demais profissionais que atuam na linha de frente – para expandir os leitos de atendimento.
"É essencial que a população colabore com as medidas estabelecidas para reduzir o avanço da doença e a pressão assistencial, como protocolos de higiene e cuidados como o uso de máscaras, distanciamento social e a higienização das mãos com frequência", disse, por nota, a secretaria.
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