Versão anterior da matéria apresentava o nome do município de São Roque do Canaã duplicado na lista. Já o de Barra de São Francisco, que também não registrou mortes no período de sete dias, estava de fora da lista. As duas informações foram corrigidas e a matéria, atualizada.
A pandemia ainda não acabou, mas um dado demonstra um comportamento bem diferente da doença no Espírito Santo. De acordo com o Painel Covid-19, atualizado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), 53 municípios capixabas não registraram mortes causadas pelo coronavírus nos últimos sete dias.
Dentre os municípios que estão sem registros de óbitos nos últimos sete dias, estão Anchieta, Domingos Martins, Santa Teresa e Marataízes. Na Grande Vitória, apenas Fundão faz parte da lista.
A tendência de queda no número de óbitos e uma pandemia mais controlada no Estado também se reflete no Mapa de Risco, divulgado semanalmente pelo pelo Governo do Estado. De acordo com o 63ºmapa, que está em vigência no momento, 63 cidades capixabas estão no risco baixo até o próximo domingo (18). Um novo mapa deve ser divulgado nesta sexta-feira (16).
Para a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e pós-doutora em Epidemiologia, Ethel Maciel, o dado é resultado direto da vacinação no Espírito. “Estamos vendo várias cidades, não só aqui, mas no Brasil, com redução de óbitos e de internação. Como já chegamos a mais se 60% da população adulta vacinada com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, isso se reflete no maior controle da pandemia”, explica.
A professora alerta que, mesmo com essa tendência de queda que já percebida nos municípios capixabas, o Estado deve se empenhar em vacinar a população com a segunda dose, completando o esquema vacinal. “Com a confirmação da variante Delta, que é mais transmissível, com transmissão comunitárias no Rio de Janeiro e em São Paulo, a Secretaria Estadual de Saúde deve se esforçar para a aquisição de vacinas, evitando novos picos da doença”, comenta.
O infectologista Lauro Ferreira Pinto salienta que, além do avanço da vacinação, o número de pessoas expostas à doença também é menor, o que influencia no menor número de óbitos.
“Neste momento, percebemos que os indivíduos que estão se expondo mais são aqueles que, provavelmente, já tiveram Covid-19. Por outro lado, quem ainda não se expôs ao vírus durante a pandemia, está se vacinando. O que devemos ficar atento é que, se a população que não se vacinou ainda, ou se vacinou com apenas uma dose da vacina, pode desenvolver quadros graves da doença, levando a um novo surto”, explica.
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