A Central Única das Favelas (Cufa) abriu no Espírito Santo dois pontos para a doação de alimentos não perecíveis aos Yanomamis de Roraima. Há uma semana o governo federal declarou emergência de saúde para combater à desassistência sanitária na terra indígena.
O presidente da Cufa Espírito Santo, Gabriel Nadipeh, afirmou que a ONG já conta com uma unidade em Roraima, mas abriu um pedido de ajuda para os outros Estados para fortalecer as doações.
“Estamos divulgando a campanha nacional, mas também abrindo uma campanha local destinada a esses povos”, explica.
Além da doação de alimentos não perecíveis, a Cufa também está arrecadando dinheiro, visando a construção de duas unidades de saúde em Roraima.
“Estamos fazendo a coleta de alimentos que vai para Roraima, durante 30 dias, em parceria FavelaLog, que tem buscado uma parceria com a Gol para fazer esse transporte mais rápido por aviões, mas também estão transportando via caminhões”, contextualiza Nadipeh.
A terra indígena Yanomami é a maior do país, em extensão territorial, e sofre com a invasão de garimpeiros. O povo da região vive uma crise sanitária que já resultou na morte de 570 crianças por desnutrição e causas evitáveis nos últimos anos.
A arrecadação de alimentos ocorre em dois endereços no Espírito Santo:
Os interessados em ajudar podem doar pelo Pix da Cufa nacional, pelo e-mail [email protected], e também pelo site Vakinha online, além do site favelascomyanomami.com.br.
O Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional para combate à desassistência sanitária dos povos que vivem no território indígena Yanomami, em Roraima. A portaria foi publicada no dia 20 em edição extra do Diário Oficial da União.
A pasta também instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE–Yanomami), que estará sob responsabilidade da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), e anunciou o envio imediato de cestas básicas, insumos e medicamentos.
O comitê também será o responsável por coordenar as medidas a serem empregadas durante o estado de emergência, incluindo a mobilização de recursos para o restabelecimento dos serviços de saúde e a articulação com os gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde.
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