Os números de mortes e de casos confirmados do novo coronavírus no Espírito Santo diminuíram significativamente em fevereiro. Durante este mês, foram contabilizados 547 óbitos e 32.173 diagnósticos positivos – duas quedas de aproximadamente 29% na comparação com janeiro deste ano.
Em outras palavras, isso significa que o Estado perdeu 230 vidas a menos para a Covid-19, no comparativo entre os períodos. Percentualmente, esta é a terceira maior redução mensal registrada em toda a pandemia, ficando atrás apenas dos decréscimos registrados entre julho-agosto e agosto-setembro do ano passado.
Vale lembrar que fevereiro teve só 28 dias. Ou seja, três a menos que janeiro. Também é importante ressaltar que, apesar de a queda ser realmente benéfica, a média de mortes continua alta. Neste mês, na média, foram 19 vidas perdidas por dia – a sexta maior de toda a pandemia, que já dura um ano.
Quando o assunto são os infectados pelo novo coronavírus, fevereiro teve 13.705 casos confirmados a menos que janeiro. Uma redução de exatamente 29,8% e a queda mais significativa desde março do ano passado. Em números absolutos de casos, este mês aparece como o sexto pior.
Para esta reportagem, A Gazeta considerou as atualizações diárias do Painel Covid-19, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Os números, portanto, representam os casos e as mortes divulgados no mês e nem sempre equivalem aos infectados e óbitos que aconteceram no respectivo período.
Sem dúvidas, o Espírito Santo registrar menos mortes e casos confirmados de Covid-19 é algo positivo. Porém, isso não significa que os capixabas podem relaxar no que diz respeito às medidas de distanciamento social. Tampouco devem achar que a pandemia está controlada no Estado.
Médico infectologista, Lauro Ferreira Pinto analisou o atual cenário. "Hoje nós estamos estáveis em cerca de 70% do pico registrado em janeiro. É um momento mais confortável, mas enquanto não tivermos imunidade de rebanho por vacinação, vão ter ondas para baixo e para cima", afirmou.
Entre os principais alertas feitos pelo especialista estão: as consequências do carnaval, o relaxamento no uso de máscara, o menor cuidado em relação às aglomerações, as novas cepas do coronavírus e a explosão de casos em outros Estados do país, como o vizinho Minas Gerais.
"Essa pressão pode chegar aqui. É difícil manter a população sempre mobilizada com o distanciamento social e ainda temos a circulação das variantes, que podem causar mais reinfecções e afetar a eficácia das vacinas. Enquanto não tivermos a imunidade de rebanho, seremos governados pela insegurança em relação ao coronavírus", concluiu.
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