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ES tem queda em homicídios e não tem cidades entre as 50 mais violentas do país

ES tem queda em homicídios e não tem cidades entre as 50 mais violentas do país

Número de mortes violentas intencionais no Espírito Santo alcançou o menor patamar desde 2020, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022

Publicado em 20 de julho de 2023 às 11:56

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Homem é suspeito de matar a ex companheira e a mãe dela a tiros em Vila Velha
Número de homicídios cai no Espírito Santo. (Fernando Madeira)

O número de mortes violentas intencionais no Espírito Santo alcançou o menor patamar desde 2020 (1.206). No ano passado, foram registrados 1.122 óbitos, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, divulgado nesta quinta-feira (20). Em 2021, o número de casos chegou a 1.170. Assim, na comparação interanual, houve queda de 4,8%.

Segundo o levantamento, o Espírito Santo não tem nenhuma cidade entre as 50 mais violentas do país. No ranking, de 2022, o Estado também não estava na lista dos municípios com maiores números de homicídios.

Também houve redução na quantidade de homicídios dolosos praticados em território capixaba. A queda foi de 6,1% entre 2021 (1.005) e 2022 (950). Foi observada ainda queda nos casos de latrocínios, isto é, roubos seguidos de morte, cujo número de vítimas passou de 43 para 28, com declínio de 35,3% entre um ano e outro.

O diretor–presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, avalia que o cenário é desafiador, com criminosos cada vez mais ousados, aterrorizando as comunidades. Ainda assim, pontua que ações realizadas no Espírito Santo, por meio do programa Estado Presente, tem impactado positivamente na queda dos homicídios.

“No ano de 2022, a gente observou uma intensificação das ações integradas promovidas pelo programa, a realização de operações que retiraram de circulação lideranças criminosas que operam o tráfico de drogas, concentrado com maior violência nas nossas comunidades.”

Ele pontua que, além das ações de repressão qualificada, há iniciativas de prevenção à criminalidade, desenvolvidas no âmbito dos Centros de Referência da Juventude, os CRJs, localizados nas áreas que registram histórico de elevados números de homicídios e que são importantes para prevenir a violência, a médio e longo prazos.

“Diferentemente do Nordeste, onde vemos um certo acordo entre os grupos criminosos do tráfico de drogas para reduzir os conflitos, aqui no Estado nós não estamos vivendo esse cenário. Na verdade, a gente está conseguindo reduzir a violência num cenário onde os criminosos estão cada vez mais audaciosos.”

Por conta da defasagem do estudo, os dados não refletem, necessariamente, a realidade observada em 2023. O Espírito Santo terminou o primeiro semestre deste ano com 508 homicídios, enquanto que, em 2022, foram registrados 474. Isto é, até então, houve uma alta de 7%.

E ainda há outros desafios. Em 2022, houve crescimento no número casos de lesão seguida de morte (51,9%), que saiu de 17 para 26, de mortes decorrentes de intervenção policial, que cresceram 31,7%, indo de 49 casos em 2021 para 65 no ano seguinte, e no número de tentativas de feminicídio, que avançou 31,2% no período, passando de 53 para 70.

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