O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, apontou, em postagens no Twitter, que o Espírito Santo terá, nas próximas semanas, um aumento no número de casos observados de coronavírus. Ele alertou, no entanto, que esse crescimento não significará a existência de uma segunda onda no Estado.
Segundo Nésio, o Espírito Santo terá muitos pacientes positivos nos inquéritos que estão sendo feitos e pela mudança de critério de testagem e investigação.
Com a expectativa para o retorno das aulas presenciais no Espírito Santo, suspensas desde março para evitar a disseminação do novo coronavírus, o Estado anunciou na última sexta-feira (18) que cerca de cinco mil estudantes de 13 municípios capixabas serão testados na primeira fase do inquérito sorológico escolar. Além deles, todos os funcionários da rede estadual passarão pelos testes, que acontecem antes e após a volta das aulas. O objetivo é acompanhar a infecção nessa população para traçar mais medidas de segurança.
Há uma semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou que todas as pessoas que apresentarem sintomas gripais, independentemente de idade ou comorbidade, serão orientadas a fazer o exame PCR (considerado padrão ouro) para identificar ou não a contaminação pelo coronavírus. Antes, havia algumas condicionantes para a realização do teste no serviço público, tais como faixa etária, doenças preexistentes e até categoria profissional.
"As internações hospitalares e o comportamento do óbito por Covid-19 são os principais marcadores de uma 'segunda onda' concreta. Nossa meta é diagnosticar muito e bloquear melhor a cadeia de transmissão. Ter muitos casos será um fator de busca/enfrentamento", explicou Nésio.
Nas últimas semanas, praias e bares lotados preocuparam as autoridades sanitárias capixabas, mas o secretário acredita, em entrevista à Rádio CBN na última quinta (17), ressaltou que os impactos dos descumprimentos das normas não devem ser sentidos de imediato.
"Eu não acredito, por exemplo, que a exposição nas praias nos últimos finais de semana e aglomerações em bares vão repercutir em 14, 21 dias como se comenta. Nós precisamos de um tempo de replicação e de crescimento exponencial mais longo entre as pessoas para que a taxa de transmissão tenha uma influência real e concreta", afirmou.
O secretário voltou a fazer um apelo para que os capixabas respeitem os protocolos de segurança nas atividades liberadas, mantendo o distanciamento social.
"Desde o início da pandemia temos dito que podemos viver momentos de abertura/restrição alternados. Agora viveremos semanas de ampla retomada das atividades sociais e econômicas. Respeitando os protocolos sanitários e fazendo muito diagnóstico/bloqueio, preservaremos vidas. Mas sem respeito aos protocolos, a exposição de suscetíveis poderá voltar a elevar casos/internações/óbitos. Caso esses três elementos voltarem a crescer de modo sustentável, estaremos vivendo uma 'segunda onda' com possível repercussão sobre atividades econômicas e sociais", pontuou.
Entre as novas atividades liberadas, estão os eventos sociais. Eles podem ocorrer a partir desta segunda-feira (21), mas sem pista de dança, com apenas adultos e com capacidade máxima para 100 pessoas.
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