A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai ampliar a oferta de vagas pelo SUS para atender pacientes com o novo coronavírus (Covid-19). Para tanto, planeja a compra de 452 leitos em hospitais da rede particular - 283 de enfermaria e 169 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Com a medida, a perspectiva é chegar a 1.279 unidades até o final de junho.
A nova oferta faz parte da segunda fase da expansão de leitos, cujo detalhamento será publicado em portaria na edição desta terça-feira (28) no Diário Oficial. Além da possibilidade de aquisição de vagas em hospitais particulares, a publicação também vai apontar o reforço de leitos em áreas com mais demanda e a oferta em regiões que ainda não são contempladas, segundo afirma o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
"O detalhamento dessa oferta de leitos, onde vamos ampliar, quais são os hospitais públicos de referência, onde incluiremos outros hospitais, tudo estará no planejamento apresentado na portaria", pontua Reblin.
Na rede privada, os leitos ficam reservados e são disponibilizados quando os dos hospitais públicos não forem mais suficientes para garantir assistência à população. O pagamento, assegura Reblin, só é efetuado quando o leito é efetivamente utilizado.
Até o final do mês, a Sesa estima 813 leitos no total para tratar pacientes com a Covid-19, incluindo contratos com a rede particular para o SUS. Em dois meses, a previsão é chegar a 652 de UTI mais 667 de enfermarias, totalizando 1.279.
A ampliação da oferta de leitos na rede própria, sobretudo de UTI, esbarra na dificuldade de aquisição de respiradores, equipamento indispensável para pelo menos 70% dos pacientes que vão para a terapia intensiva. A Sesa está na expectativa da entrega de 59 aparelhos para o Hospital Dr Jayme Santos Neves, na Serra, cujo contrato para ser cumprido precisou de uma ação judicial. O prazo para a primeira remessa chegar é quinta-feira (30).
Há ainda uma tentativa de aquisição de outros 200 respiradores. Questionado sobre alternativas para o caso de a compra não se concretizar, já que o problema é uma demanda enorme de vários Estados e países, Reblin prefere acreditar que a situação será resolvida até maio. "Temos várias frentes em andamento e tudo o que for possível está sendo feito para garantir os insumos necessários para fazer frente à pandemia", finaliza.
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