Com 15 mil exames que detectam a Covid-19 represados devido ao aumento de demanda, o governo do Espírito Santo decidiu credenciar laboratórios privados, que poderão prestar o serviço de coleta e processamento dos testes PCR para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em uma portaria publicada nesta quinta-feira (3), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) definiu que vai pagar o valor fixo de R$ 160 pela realização de cada exame PCR na rede particular para o SUS , caso haja laboratórios particulares interessados. Na rede privada, o paciente paga mais de R$ 300 por cada teste desse, que é o que detecta se o coronavírus está ativo no organismo.
Na portaria, a Sesa aponta que o Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen) "extrapolou a sua capacidade de pesquisa para diagnóstico da Covid-19". O Estado vive um crescimento do número de casos confirmados da doença nas últimas semanas. A alta demanda fez com que a Sesa suspendesse por 21 dias o teste de Covid-19 para pessoas sem sintomas.
O grupo, que havia sido incluído recentemente numa estratégia do governo de ampliação de testagem para a doença, é aquele formado por quem convive com pacientes infectados confirmados, chamado de contato intradomiciliar, e que são assintomáticos.
Desde o início da pandemia até esta quinta-feira (26), já foram realizados mais de 648 mil testes pelo Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen), incluindo até então os casos intradomiciliares.
O governador Renato Casagrande, em entrevista para A Gazeta nesta quinta-feira (3), admitiu que há testes represados no Lacen. São cerca de 15 mil testes, segundo a assessoria de Casagrande, dos quais 6 mil estão perto de ser liberados embora não tenha sido apresentado um prazo. "Há represamento. Temos testes atrasados porque estamos com dificuldades em obter insumos. Nosso problema não é a quantidade, mas a necessidade de reagentes e outros insumos e estamos com dificuldades para adquirir no mercado nacional e internacional", pontua o governador.
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