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ES vive epidemia de dengue e mortes triplicam em duas semanas

ES vive epidemia de dengue e mortes triplicam em duas semanas

Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, falou sobre o cenário da doença à Rádio CBN Vitória nesta segunda-feira (06); número de notificações já ultrapassa os 38 mil

Publicado em 6 de março de 2023 às 15:55

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Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, vírus zika e chikungunya
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, vírus zika e chikungunya. (Divulgação)
Maria Fernanda Conti
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O número de mortes causadas pela dengue triplicou em duas semanas no Espírito Santo. Dos dias 12 a 25 de fevereiro, o total de óbitos subiu de três para nove, segundo boletins da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, admitiu que o Estado já vive uma epidemia da doença.

"Até a data de hoje (06), nós temos 38 mil notificações de dengue. É verdade que são notificações que ainda carecem de uma confirmação, mas em todo o ano de 2022 nós tivemos 21 mil notificações. Extrapolamos bastante o número do ano anterior. Então isso representa, sim, uma epidemia", afirmou. 

Os boletins epidemiológicos da Sesa apontam ainda que foram seis mortes em todo o ano passado no Estado. Em 2023, além dos nove óbitos, outras oito estão sob investigação. Vale a pena ressaltar que esse salto de mortes em quinze dias não significa que todos os óbitos ocorreram durante o período, já que existe o tempo de análise de amostras para confirmar a causa.

ES vive epidemia de dengue e mortes triplicam em duas semanas

Municípios com alta incidência da doença

Castelo - 3.516

Jerônimo Monteiro - 3.354

Atílio Vivácqua - 3.074

Muqui - 2.032

Iconha - 1.875

Vila Valério - 1.633

Mimoso do Sul - 1.273

*Incidência acumulada das quatro últimas semanas

Conforme destacou o subsecretário, outro alerta diz respeito às notificações em relação ao número de habitantes. O Ministério da Saúde classifica a incidência da dengue em três níveis: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil hab.) e alta (mais de 300 casos/100 mil hab.).

"O Espírito Santo já tem mais de 800 casos notificados a cada 100 mil habitantes, e se nós tivéssemos uma linha de corte para o que seria um número aceitável, seria de 200 casos notificados a cada 100 mil habitantes. É praticamente quatro vezes a mais", pontuou Reblin.

Os principais motivos

Reblin também explicou que esse "boom" de casos ocorre devido à maior circulação de pessoas com o afrouxamento da pandemia da Covid-19. Além disso, é um período em que normalmente já existe um aumento da incidência, por conta das chuvas de verão.

O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin
O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin mostra-se preocupado com o cenário da dengue no ES. (Divulgação | Sesa)

"Há também um intervalo de acúmulo de suscetíveis. A cada três, quatro anos, nós temos um aumento de casos, depois uma queda. E nós vínhamos exatamente de três anos de queda. Estamos nesse momento do crescimento. [...] E, agora, temos confirmado entre nós a circulação de um sorotipo adicional (que não era visto no Estado desde 2019)", apontou. 

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A pessoa fica com uma imunidade duradoura ao sorotipo pelo qual ela adoeceu. Há muito tempo nós víamos circulando o vírus 1, então aumenta a suscetibilidade do 2. E mais: com a repetição de infecções por vírus de dengue, seja o 1, seja o 2, quando há uma reinfecção por outro tipo, o risco de reações imunológicas mais severas aumenta

Luiz Carlos Reblin
Subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde
Aspas de citação

Como acabar com o mosquito

Uma importante estratégia para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya, está na conscientização da população quanto às ações de cuidados. Esse trabalho se faz ainda mais importante, uma vez que 80% dos focos encontram-se nas residências.

Veja os cuidados divulgados pela Sesa:

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