Com as aulas presenciais suspensas há quase dois meses devido à pandemia do novo coronavírus, pais, alunos, professores e gestores vivenciam a expectativa do retorno. A projeção da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), porém, é que, entre tantas atividades que tiveram suas rotinas alteradas e paralisadas, o ensino escolar deve ser o último a voltar. As características da educação presencial vão exigir um prazo maior para a adoção de novos protocolos.
O secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo, explica que a decisão para a retomada vai se basear nas orientações da Saúde porque a volta às aulas não será como foi o início do ano letivo, em fevereiro. Quando os indicadores da Covid-19 permitirem atividades presenciais nas escolas, ainda assim deverão ser implementadas medidas de distanciamento social.
"Voltar as aulas não é como reabrir o comércio que não tem que alterar lei, nem nada. Estabelece protocolo e volta. Na educação, para diminuição de alunos em sala de aula, por exemplo, só posso fazer isso dividindo a turma e isso não tem base legal. Essas medidas precisam ser construídas porque a educação não segue a lógica da pandemia. Assim como deu trabalho organizar as atividades não presenciais, para a volta também teremos muito a fazer", argumenta o secretário.
Vitor de Angelo ressalta que, mesmo sem uma data definida para a retomada, a Sedu está elaborando um planejamento de atividades tendo julho como referência. Mas o secretário faz questão de esclarecer que não significa que será este o mês do retorno das aulas. Pode ser antes, ou mesmo depois, dependendo do comportamento da Covid-19 em território capixaba.
"Não podemos anunciar algo que as autoridades de saúde é que devem dizer se pode ou não acontecer. O que a Sedu faz é operacionalizar no ambiente escolar as orientações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Quando disser que poderemos voltar, voltaremos. Isso vai acontecer em alguma hora e, por isso, precisamos nos planejar. A escola deve ser uma das últimas atividades a retornar."
Assim que houver autorização da área da saúde para a volta às aulas, Vitor de Angelo lembra que ainda haverá necessidade de estabelecer os protocolos com os municípios e a rede privada, para que a retomada das atividades seja feita de maneira conjunta.
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