Não é novidade que a tecnologia veio para facilitar nossa vida. Mas, em tempos em que a conexão entre as pessoas se dá principalmente no digital, surgem desafios a serem enfrentados pela família e pela escola na formação das novas gerações.
Esse foi um dos temas debatidos por especialistas no painel Encontro de Pais e Mestres, durante o evento EducarES, que ocorreu nesta quarta-feira (9), em Vitória.
Para a atriz e escritora Denise Fraga, uma das convidadas, o grande desafio das famílias e das escolas é promover a educação socioemocional. Ela acredita que, para além da aprendizagem tradicional, é preciso trabalhar o autoconhecimento e as habilidades interpessoais.
Esse tempo excessivo de reclusão social e exposição às telas, como o celular, pode trazer consequências negativas para qualquer pessoa, mas principalmente para crianças e adolescentes.
"80% dos pais já percebem algum sintoma em seus filhos causado pelo uso excessivo de telas. São muitas as consequências, como irritabilidade, ansiedade, transtornos de humor e impactos na interação interpessoal", afirma a psicóloga infantil e educadora parental Lícia Assbú, que também participou do painel.
Segundo ela, é preciso que a criança e o adolescente desenvolvam, durante sua formação, a capacidade de reflexão, análise e pensamento crítico. "Isso só é possível fora das telas, por isso precisamos colocar o celular no lugar que ele precisa estar", complementa Lícia, referindo-se ao papel facilitador da tecnologia no dia a dia.
O evento também contou com a participação do secretário de Estado da Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo, e do vice-presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado do Espírito Santo (Sinepe-ES), Eduardo Costa Gomes.
*Lívia Bonatto é aluna do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foi supervisionada pela editora adjunta Fernanda Dalmacio.
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