O Espírito Santo confirmou a circulação da variante EG.5, popularmente conhecida como Éris, da Covid-19. Três amostras coletadas na última sexta-feira (22) em pacientes que são da Grande Vitória indicaram presença da nova variante. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde no início da tarde desta quarta-feira (27).
Não há informações sobre idade ou estado de saúde das pessoas, mas a Sesa detalhou que os indivíduos não têm registro de viagem - condição que poderia aumentar o risco de exposição ao vírus.
Durante coletiva de imprensa, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, explicou que outros Estados do Brasil já registraram casos da nova variante. O primeiro caso foi confirmado no dia 18 de agosto em São Paulo. O Distrito Federal, por exemplo, registrou o primeiro caso da variante EG.5 no dia 24 de agosto, ou seja, há mais de um mês. Até esta quarta-feira (27), não havia qualquer informação sobre circulação da Éris no Espírito Santo.
Apesar da circulação da Éris, Orlei Cardoso afirmou que os números não registram "crescimento exacerbado".
Ainda segundo Orlei Cardoso, a Ômicron segue sendo a variante predominante entre os casos, apesar da chegada da Éris.
Em vários momentos durante a transmissão realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, Orlei Cardoso e o secretário de Estado de Saúde, Miguel Duarte, reforçaram a importância da vacinação. Números do governo do Estado apontam que a cobertura de vacinação com a bivalente está abaixo do que é considerável adequado.
A recomendação da Secretaria de Estado de Saúde é que todas as pessoas com 18 anos ou mais recebam a vacina bivalente - imunizante que protege contra variantes do coronavírus. Adolescentes com idade entre 12 e 17 anos com comorbidade também podem receber a bivalente. Aos idosos e pessoas com comorbidades, a recomendação é que usem máscaras quando fizerem alguma viagem ou estiverem em algum local com risco de contaminação.
A EG.5 — popularmente conhecida como Éris — é a nova variante da Covid-19. A cepa é uma subvariante da Ômicron, o tipo mais comum do vírus no mundo atualmente. Éris tem chamado atenção pois pode ser a responsável pela volta do crescimento de casos no país. Apesar desse crescimento, não há registro de a Éris ser mais grave. Testes sugerem, no entanto, que essa variante consegue escapar mais facilmente do sistema imunológico e, por isso, seja mais contagiosa. Os sintomas são os mesmos da Ômicron, já que se trata de uma linhagem: febre, tosse, dor no corpo, coriza, dor de garganta.
A versão anterior desta reportagem trazia a informação, dita pelo Subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, que a vacina bivalente estaria disponível para os adolescentes com idades entre 12 e 17 anos. A Secretaria de Estado da Saúde corrigiu a informação: pessoas com idades entre 12 e 17 anos só podem receber a bivalente caso estejam dentro do grupo prioritário, ou seja, tenham alguma comorbidade. A vacina está liberada para todas as pessoas com 18 anos ou mais. O texto foi atualizado.
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