Estudantes encontraram larva e pedra em uma refeição servida nesta quinta-feira (1º) no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória. O flagrante foi compartilhado nas redes sociais e ocorreu dois dias após a instituição ficar fechada devido a manifestações por melhorias na alimentação servida nos campi.
Em nota enviada na noite desta quinta, a Diretoria de Gestão de Restaurantes (DGR) da Ufes informou que tomou conhecimento da ocorrência por meio das redes sociais, e que o fato não foi relatado à equipe do restaurante no momento em que o incidente teria sido identificado. Também não houve outros relatos da mesma natureza durante o dia, segundo a DGR.
Mesmo assim, a DGR destacou que entende a gravidade da situação e afirmou que, após saber do ocorrido, advertiu toda a equipe envolvida na produção das refeições, que foi reunida e advertida sobre o fato.
"A DGR destaca ainda que a equipe do RU passa periodicamente por treinamentos na área de boas práticas em manipulação de alimentos, e que o processo de preparação das saladas envolve as seguintes etapas: seleção (quando são descartados os vegetais fora do padrão), higienização em água corrente para retirada de sujidades aparentes (os vegetais são lavados um a um), higienização com agente sanitizante, enxágue em água corrente e posterior processamento e cocção, quando necessário. Na etapa de cocção, o alimento é submetido a uma temperatura de 200º graus em forno combinado", informou no texto.
A diretoria reafirmou, por fim, o compromisso com a segurança alimentar dos comensais e reforça estar atenta para que incidentes como esse não aconteçam novamente.
As atividades na Ufes, nos campi de Goiabeiras e Maruípe, e no RU foram retomadas nesta quinta-feira (1º) após dois dias de protestos de alunos. A universidade se reuniu com os estudantes e prometeu ampliar a gratuidade no restaurante que alvo das manifestações.
As manifestações na Ufes começaram na segunda-feira (29), quando alunos liberaram o acesso gratuito de estudantes ao RU. A justificativa foi a de que a administração central da universidade planejava barrar o acesso dos estudantes, implementando catracas maiores, e punir com processo administrativo quem pular a roleta e não pagar R$ 5 para se alimentar.
Após esse ato, a Ufes interrompeu o fornecimento do jantar de segunda-feira (29) e do almoço e da janta do dia seguinte, em Goiabeiras e Maruípe, justificando que a suspensão das atividades era necessária para restabelecer as condições de segurança, de trabalho e de organização adequada do fluxo de fornecimento das refeições, "comprometidas pelas manifestações".
Ainda na terça-feira (30), os estudantes fizeram uma nova manifestação na entrada da universidade afirmando que a medida da administração central era arbitrária e não era possível manter as atividades acadêmicas sem alimentação.
As atividades na instituição foram suspensas na quarta-feira (31) nos campi de Vitória (Goiabeiras e Maruípe), por uma decisão da própria universidade. A instituição alegou que a medida foi necessária por "não ter sido possível viabilizar o funcionamento do Restaurante Universitário", após estudantes bloquearem os acessos ao Campus de Goiabeiras em protesto por melhorias na alimentação, como qualidade da comida e preços.
Com informações do g1 ES
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