Ingressar no curso de Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) não é tarefa fácil. Em um ano de pandemia do novo coronavírus, o desafio é ainda maior, com a mudança brusca na rotina de estudos. Para Augusto Henrique de Oliveira, de 18 anos, a conquista da vaga veio com um motivo extra de comemoração: ele passou em primeiro lugar no processo seletivo do Sisu do segundo semestre do ano letivo de 2021.
Augusto enfrentou o desafio de conciliar os estudos com o processo de mudança do ensino presencial para o remoto. O estudante contou que foi difícil conseguir se acostumar com o novo método, principalmente para organizar o tempo dedicado a cada disciplina. Mas o isolamento nem foi tão prejudicial assim, já que ele prefere estudar sozinho.
"Na escola eu tinha uma rotina e, de repente, ficou tudo on-line e tive que mudar completamente. Depois de um tempinho que eu estava em casa, consegui me organizar legal, colocar o tempo de estudo de matérias em cada dia. Acredito que consegui me sair bem estudando em casa porque prefiro estudar sozinho, acho que aprendo mais. Então, apesar de ter prejudicado na hora de aprender, porque não se compara ao estudo presencial, eu ganhei um pouco mais de tempo para estudar", analisou.
Medicina foi uma das escolhas de Augusto, mas não a primeira. Ele já faz Engenharia da Computação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), curso para o qual foi aprovado no primeiro semestre de 2021. O estudante, porém, revelou que sempre teve afinidade tanto para a área de exatas quanto de ciências da natureza, além do desejo de cursar Medicina. Por isso, Augusto resolveu tentar a mudança de curso para o segundo semestre.
"Durante o meu ensino médio, eu sempre me saí bem com as áreas de exatas e de ciências da natureza. Eu consegui passar para Engenharia na Unicamp, mas também estava tentando Medicina porque estava em dúvida entre as duas áreas. Eu sempre tive uma vontadezinha de fazer Medicina, mas não sabia se era aquilo mesmo. No terceiro ano eu foquei para tentar tirar a maior nota e conseguir escolher. Acabou que eu passei na Unicamp primeiro e agora passei na Ufes", contou Augusto, que já optou pelo curso da federal.
O ensino remoto trouxe vários desafios para Augusto e o principal, segundo ele, foi o celular. O estudante disse que, por estar em casa e não na sala de aula, era mais fácil se dispersar e perder a concentração nos livros. Ele, porém, conseguiu contornar essa distração com a tática de deixar o aparelho longe durante os estudos.
"Se você não ficar se policiando, acaba perdendo muito o foco nas aulas on-line. Quando tinha aula, eu colocava o celular longe,para não ficar mexendo", pontuou Augusto, dando uma dica de ouro para quem está se preparando para futuras seleções.
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