O texto desta matéria afirmava anteriormente, de forma equivocada, que houve falha no sistema da GVBus. Após a publicação da matéria, a entidade esclareceu que houve um atraso na atualização, e não um erro. O texto foi alterado.
Alunos da rede estadual que retornavam nesta segunda-feira (7) para as aulas presenciais foram barrados em ônibus do Transcol. O cartão de passagem dos estudantes estava bloqueado e foi recusado no momento de passar na roleta. Alguns pagaram a tarifa, enquanto outros tiveram que voltar para casa.
Vários relatos chegaram até a reportagem de A Gazeta, entre os quais o da auxiliar de creche, Adriana do Sacramento Silva dos Santos, com dois filhos na rede estadual: Ana Carolina, no 8º ano, que tem direito a pagar 50% da tarifa, e Estevão, no ensino médio, com benefício da gratuidade.
Adriana conta que a filha ficou sabendo por uma colega, barrada no Transcol logo cedo, que o cartão estava bloqueado. Ainda assim, resolveu arriscar porque pensou se tratar de uma situação excepcional e foi para o ponto de ônibus, já que seu cadastro no sistema está regular. No entanto, ao tentar usar o cartão, ele também foi recusado, e a estudante voltou para casa.
Já o filho foi para a escola de carona, mas, no retorno, precisou usar o cartão de passagem de Adriana porque o estudantil também não passou. Se a situação não for regularizada, a auxiliar de creche diz que não tem como arcar com os custos de R$ 60 semanais com a passagem dos dois filhos.
A estudante Gabrielly Santos, que mora e estuda em Cariacica, afirma que foi surpreendida quando seu cartão não passou na roleta. Mas imaginou que pudesse ser pelo fato de ainda não ter usado o documento, já que o cadastro havia sido realizado na semana que antecedeu a quarentena imposta no Estado pela pandemia da Covid-19.
A aluna acabou usando um cartão convencional para pagar a passagem e, ao chegar à escola, descobriu que outros colegas tinham passado pela mesma situação, embora já tivessem utilizado o documento antes da quarentena. Foi neste momento que Gabrielly percebeu que, independentemente de usar ou não, os estudantes estavam com o cartão bloqueado.
O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), entidade que controla a emissão dos cartões, indica que o problema ocorreu por um atraso na atualização do sistema, já que o restabelecimento da função do documento não ocorre de maneira automática.
"O GVBus informa que até esta terça-feira (8) o CartãoGV Escolar será liberado para alunos de escolas localizadas nas cidades que saíram do risco alto. O bloqueio ocorreu em cumprimento ao decreto do Governo do Estado, que suspendeu os cartões de passe e as aulas presenciais entre as medidas restritivas de enfrentamento do coronavírus, a fim de reduzir a circulação de pessoas e a propagação do vírus", diz a entidade, em um trecho da nota.
Vale observar que as medidas de restrição do mapa de risco entram em vigor toda segunda-feira, mas as informações são divulgadas na sexta anterior para que haja tempo dos ajustes necessários para atendimento às exigências, ou flexibilização de atividades, se for o caso.
Ainda em nota, o GVBus aproveita para lembrar que os alunos precisam ficar atentos ao prazo para o recadastramento do CartãoGV Escolar, que termina no próximo dia 1º. "O procedimento é realizado no site do GVBus e, caso não seja efetuado, o estudante pode ter o benefício bloqueado. Mais de 30 mil estudantes ainda não fizeram o recadastro."
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