Publicado em 26 de maio de 2020 às 19:53
Um estudo da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, comprovou que máscaras de algodão são as mais eficazes para evitar a contaminação pelo coronavírus. De acordo com a pesquisa, uma máscara caseira feita com o tecido repele entre 64% e 82% das partículas de saliva, dependendo do tamanho das gotículas.
Um dos autores do estudo é Supratik Guha, engenheiro molecular e professor da Universidade de Chicago, que visava estudar a capacidade de filtragem de alguns tecidos quando expostos a diferentes tamanhos de gotículas de aerosol. Com a ajuda de uma máquina, simularam as gotículas de saliva de um espirro, tosse, fala ou respiração.
Máscaras usadas nas ruas pelos capixabas
Guha afirmou que há um grande interesse em saber o poder de proteção de máscaras de pano caseiras, que se tornaram acessório comum durante a pandemia do coronavírus. Segundo o professor, os resultados em laboratório se assemelham bastante a de situações reais, mas a proteção é efetiva apenas quando a máscara está bem ajustada ao rosto.
"De acordo com os resultados, é possível perceber que os tecidos mais comuns disponíveis no mercado oferecem uma boa filtragem, mas quem utiliza a máscara tem proteção máxima apenas se estiver bem ajustada à face", afirmou.
Segundo o estudo, a eficácia é ainda maior quando a máscara possui mais de uma camada de tecido. O algodão serve como uma barreira mecânica, enquanto tecidos como a seda e o chiffon servem como barreira eletrostática que impedem que as gotículas atravessem possíveis buracos na primeira camada de proteção. Essa mistura dos tecidos garante uma proteção entre 80% e 99% eficaz.
O poliéster, de acordo com o estudo, é um dos tecidos menos eficázes na proteção às gotículas de saliva que transmitem o coronavírus. De acordo com Guha, os melhores tecidos são os que possuem menos espaços entre os fios, como o algodão, seda e o chiffon.
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