Um estudo da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, comprovou que máscaras de algodão são as mais eficazes para evitar a contaminação pelo coronavírus. De acordo com a pesquisa, uma máscara caseira feita com o tecido repele entre 64% e 82% das partículas de saliva, dependendo do tamanho das gotículas.
Um dos autores do estudo é Supratik Guha, engenheiro molecular e professor da Universidade de Chicago, que visava estudar a capacidade de filtragem de alguns tecidos quando expostos a diferentes tamanhos de gotículas de aerosol. Com a ajuda de uma máquina, simularam as gotículas de saliva de um espirro, tosse, fala ou respiração.
Guha afirmou que há um grande interesse em saber o poder de proteção de máscaras de pano caseiras, que se tornaram acessório comum durante a pandemia do coronavírus. Segundo o professor, os resultados em laboratório se assemelham bastante a de situações reais, mas a proteção é efetiva apenas quando a máscara está bem ajustada ao rosto.
"De acordo com os resultados, é possível perceber que os tecidos mais comuns disponíveis no mercado oferecem uma boa filtragem, mas quem utiliza a máscara tem proteção máxima apenas se estiver bem ajustada à face", afirmou.
Segundo o estudo, a eficácia é ainda maior quando a máscara possui mais de uma camada de tecido. O algodão serve como uma barreira mecânica, enquanto tecidos como a seda e o chiffon servem como barreira eletrostática que impedem que as gotículas atravessem possíveis buracos na primeira camada de proteção. Essa mistura dos tecidos garante uma proteção entre 80% e 99% eficaz.
O poliéster, de acordo com o estudo, é um dos tecidos menos eficázes na proteção às gotículas de saliva que transmitem o coronavírus. De acordo com Guha, os melhores tecidos são os que possuem menos espaços entre os fios, como o algodão, seda e o chiffon.
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