O homem acusado de matar a ex-companheira com golpes de faca em Ibatiba, na Região do Caparaó, em dezembro de 2020, irá a júri popular. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Fabiano Gomes de Brito tirou a vida de Paloma Cristina de Oliveira Pereira na residência dela.
Segundo as investigações, o acusado desferiu 24 golpes contra a vítima, mesmo após diversos pedidos de clemência de Paloma. A causa da morte da vítima teria sido um golpe de 6 cm que atingiu uma artéria.
A data do júri popular ainda não foi agendada e o acusado pode recorrer, mas, segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o juiz da Vara Única de Ibatiba explicou que, por haver materialidade dos fatos e indícios de autoria e provas colhidas, tanto na fase policial, quanto na fase judicial, Fabiano deve ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Ele será julgado por motivação fútil, por impossibilitar defesa da vítima e por feminicídio. Na decisão, o juiz também manteve a prisão cautelar do acusado, que já está preso preventivamente.
A lavradora de 28 anos foi morta a facadas na madrugada do dia 6 de janeiro de 2020, na localidade de Santa Clara, interior de Ibatiba, na Região do Caparaó. Segundo familiares, o ex-marido de Paloma Cristina de Oliveira Pereira não aceitava o fim do relacionamento e fazia ameaças à vítima. O crime aconteceu quando Paloma chegava em casa, por volta das 0h30.
Momentos antes de ser assassinada, a vítima mandou mensagem para a cunhada, Tayana Ribeiro de Souza, informando que o ex-marido estava na casa. “Ela me mandou uma mensagem, tentei ligar, mas não atendia. Um tempo depois, escreveu a palavra tranquilo. Vizinhos dela começaram a me ligar dizendo que escutaram pedidos de socorro”, disse a cunhada. Paloma Cristina foi atingida no pescoço e havia cortes na mão, perna e braços. Ela morreu no local.
Paloma Cristina havia saído com amigos e familiares. Antes de retornar para casa, chegou a pedir para que uma amiga fosse ao local verificar se não havia a presença do ex-marido. “Ele ficou mandando mensagem, querendo saber onde ela estava. Ela tinha medo, pois eles se separaram há dois meses e já a agredira. A última vez violência foi atingi-la com um latão, na cabeça. Ela conseguiu uma medida protetiva contra ele”, relembra a cunhada. Paloma tinha três filhos, que estavam na casa da mãe no momento do crime.
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