Dionathas Alves Vieira, executor da médica Milena Gottardi, teve seu nome alterado por decisão da Justiça estadual, cinco anos antes do crime. Um dos seus sobrenomes foi trocado, mas ele nunca promoveu a alteração em seus documentos.
Com a mudança, foi incluído o sobrenome da mãe, Rose Alves Siqueira. Segundo decisão da juíza Priscila de Castro Murad, da Vara de Fundão, foi determinado a alteração no Registro Civil. O nome do executor foi alterado de Dionathas Alves Vieira para Dionathas Siqueira Vieira.
A informação foi levantada pelos advogados de defesa do réu Valcir da Silva Dias, durante o julgamento dos seis acusados pelo assassinato da médica Milena Gottardi. Surpreendeu até os advogados de defesa do executor.
“Na hora nos pegou de surpresa e ficamos preocupados. Mas depois consultamos o site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) para saber se havia mais detalhes que desconhecíamos, mas era somente esta alteração no registro civil”, informou a advogada Vladia Alburquerque de Almeida e Carvalho Freitas.
Ela explicou ainda que esta alteração não terá repercussão no processo em que Dionathas é réu confesso no crime da médica. “Não há nenhuma repercussão no processo. Ainda não entendemos o porque isto foi levantado durante o julgamento, mas não tem nenhuma relevância”, informou.
Os promotores de justiça também informaram que não haverá repercussão no caso.
A advogada Vladia explica que, após Dionathas nascer, quem o registrou foi a avó materna, que não respeitou o desejo da mãe da criança, Rose Alves Siqueira, ao não incluir o sobrenome Siqueira. “Eles têm sobrenome Alves, porém a mãe queria Siqueira, o que não aconteceu”, explica.
Quando o filho de Dionathas nasceu, a família teve dificuldade para registrar a criança com o sobrenome Siqueira. “Assim, foi preciso solicitar a alteração no nome de Dionathas, o que foi deferido pelo Juízo de Fundão, determinando a troca da certidão de nascimento de Dionathas”, disse.
Mas a alteração nos documentos não aconteceu. “Dionathas nunca efetuou a troca do nome, tanto que o documento de identidade dele está grafado Dionathas Alves Vieira”, relatou a advogada.
A advogada de defesa de Valcir, Marli Batista, que informou o fato durante o julgamento, afirmou que irá demonstrar que o acusado Dionathas se contradiz nos depoimentos prestados. "O mesmo mente até acerca do seu próprio nome. Se apresenta como Dionathas Alves Vieira, quando, na realidade, já teve seu nome alterado para Dionathas Alves Siqueira, através de uma ação de retificação do nome que tramitou na Vara Única de Fundão. Dentre outros argumentos capazes de demonstrar que são inverídicas às acusações dele em relação ao nosso cliente Valci", disse.
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