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Explosão em supermercado de Cariacica deixa feridos

Explosão em supermercado de Cariacica deixa feridos

A explosão provocou danos no galpão e cozinha da padaria do supermercado; responsável pela rede diz que explosão ocorreu em imóvel vizinho, atingindo o estabelecimento

Publicado em 20 de junho de 2020 às 15:24

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Funcionário ferido após explosão em Itacibá, Cariacica
Perícia dos bombeiros e Defesa Civil foram acionadas. (Vitor Jubini | A Gazeta)

Uma explosão que atingiu diversas áreas do galpão e da cozinha da padaria de um supermercado, em Itacibá, Cariacica, deixou funcionários feridos, por volta das 14 horas deste sábado (20). 

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado para atender uma ocorrência de explosão em supermercado e que uma vítima do sexo feminino, funcionária, foi levada por populares e levada ao Pronto Atendimento de Itacibá. Ela tinha escoriações leves pelo corpo. 

Segundo informação de funcionários ao repórter André Falcão, da TV Gazeta, um colega que atua no açougue teve ferimentos  no braço e outra funcionária passou mal devido ao susto provocado pela explosão. Eles foram socorridos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel Urgência (Samu) e depois levados para o Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica.

"Eram quase duas horas da tarde quando ouvi um barulho muito grande. Estremeceu tudo ao redor, as pessoas saíram correndo do supermercado, gritando, chorando e algumas até desmaiando. Pensávamos que o supermercado estava caindo.  Destruiu as paredes de concreto do refeitório, se fosse uma hora antes, o lugar estaria cheio, pois estaríamos almoçando. Danificou até o açougue e o depósito", contou um funcionário do supermercado, que não quis se identificar. 

A confeiteira Juliana Oliosi, 35 anos, fazia compras quando ocorreu a explosão. "Parecia que estava caindo o supermercado todo. Eu não sabia se corria ou se me abaixava, até que percebi todos correndo para a saída e eu acompanhei. Foi um susto tão grande que fiquei sem saber direito o que fazer. Tinha muita gente gritando e desmaiando, um horror, pois tremeu o supermercado todo. Até meu pai que estava no estacionamento sentiu", contou a cliente. 

A perícia do Corpo de Bombeiros  foi acionada para tentar identificar a origem da explosão. A Defesa Civil municipal também foi chamada para verificação estrutural do imóvel.

Funcionário ferido após explosão em Itacibá, Cariacica
Funcionário ferido após explosão em Itacibá, Cariacica. (Vitor Jubini | A Gazeta)

O diretor de Marketing do supermercado Casagrande, Eduardo Casagrande, afirma que a explosão não ocorreu no estabelecimento, mas sim na empresa vizinha e, por isso, uma das paredes do supermercado foi danificada. "Houve dano no supermercado, pois caiu a parede do fundo do depósito. O supervisor me informou que tinham duas pessoas feridas e que não eram ferimentos graves. No entanto, não sei se são colaboradores nossos ou da empresa vizinha", explicou Eduardo Casagrande à reportagem de A Gazeta.

Em nota oficial enviada na tarde deste sábado, o responsável pela rede de supermercados informou que o imóvel foi vítima da explosão que teria ocorrido na empresa vizinha. "Como a causa da explosão não é de responsabilidade do Casagrande, a empresa está aguardando o laudo da perícia dos bombeiros que será feita na empresa vizinha, que apontará as possíveis causas do ocorrido", finalizou a assessoria do supermercado, por meio de nota.

O proprietário do imóvel vizinho, Márcio Simões, também foi procurado por nossa reportagem. Ele contou que a empresa Vivo Alimentação não ocupa mais o local há 45 dias.  O lugar, que possui uma cozinha industrial há 27 anos, foi locado por outra empresa  que faz marmitas e está com todos os itens de segurança em dia, segundo Simões. "Tem habite-se, alvará de funcionamento e demais itens necessários para o funcionamento. Na quarta-feira (17), inclusive, o Corpo de Bombeiro esteve aqui para realizar a vistoria de praxe para a manutenção do alvará. Quanto ao prédio, a explosão não afetou estruturalmente, deixando apenas vidros e o teto do gesso  danificados", observou.

Márcio Simões também disse que aguarda o resultado da perícia para ter a informação precisa sobre a causa da explosão. "Não sou engenheiro ou técnico,  mas visualmente a cozinha do meu imóvel está intacta. O colapso parece ter ocorrido de dentro do galpão do supermercado para fora", contou o proprietário, que aguarda o laudo pericial. 

A reportagem de A Gazeta entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, novamente, solicitando se os dois imóveis estão regularizados e com alvará de funcionamento em dia. Também foi questionado se houve a identificação de onde, exatamente, ocorreu a explosão e se há suspeita sobre o que a teria provocado. 

A corporação respondeu que, de acordo com a equipe de perícia, a origem da explosão só poderá ser confirmada com a conclusão do laudo pericial, que tem prazo mínimo de 30 dias. "As informações repassadas anteriormente foram retiradas da ocorrência gerada no Ciodes e o acionamento informava que o fato havia ocorrido no supermercado, mas isso não significa que há um apontamento de culpa ou não de alguma parte. Sobre as informações de regularidade do imóvel, necessitamos do expediente administrativo para checar. Lembrando que a atribuição dos Bombeiros é relativa somente à questão do alvará de incêndio e pânico. Alvará de funcionamento e avaliação de sistema de gás, a fiscalização está atribuída a outros órgãos", finalizou o Corpo de Bombeiros, por meio de nota.

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