Após um período de seis meses, as instituições de ensino superior vão poder retomar as atividades presenciais a partir do dia 14 de setembro. Para liberação do funcionamento, as faculdades precisam se adaptar às normas de segurança estabelecidas pelo governo, publicadas em portaria conjunta das Secretarias de Estado da Educação (Sedu) e da Saúde (Sesa), para controle e prevenção da Covid-19 no ambiente acadêmico.
A decisão foi anunciada pelo governador Renato Casagrande (PSB) , em coletiva na tarde desta quarta-feira (26), confirmando estimativa que havia feito em entrevista para a rádio CBN Vitória na véspera.
"A instituição pública ou privada poderá retornar a partir do dia 14 de setembro, com protocolo de revezamento, distanciamento, medição de temperatura, isolamento do grupo de risco", pontuou Casagrande, acrescentando que o retorno não é obrigatório, mas que, dessa data em diante, haverá autorização para as atividades presenciais.
Para o revezamento, o secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo, explica que pode ocorrer tanto de forma física, quanto virtual. No primeiro caso, as instituições têm a opção de dividir seus alunos em grupos para que parte compareça às aulas presenciais num dia, parte em outro. A divisão também pode ser semanal, quinzenal, ou de outra maneira que melhor convier às faculdades e universidades.
Há ainda a alternativa de revezamento utilizando-se da modalidade de Educação a Distância (EAD), que é autorizada no ensino superior. Vitor de Angelo diz que parte da turma poderá assistir às aulas na instituição, parte continuará de casa, com transmissão ao vivo. "O modelo adotado é uma decisão de cada instituição, que vai avaliar o que é mais apropriado para implantar", afirma.
O secretário ressalta que, além das medidas de biossegurança já bastante difundidas e pontuadas por Casagrande, as instituições também deverão criar um comitê local que será responsável pela elaboração de um plano estratégico de controle e prevenção da Covid-19.
A medida, ressalta Vitor de Angelo, visa corresponsabilizar todas as pessoas em algo que não diz respeito só ao governo, nem apenas às instituições de ensino, mas a todas as pessoas. "É fundamental que todos observem os protocolos porque cada um tem sua parcela de responsabilidade. No final, são as pessoas que higienizam as mãos, que mantêm o afastamento, que usam máscara. Por isso, a ideia de responsabilização para cada um apropriar-se do que está colocado no documento de maneira prática", argumenta o secretário.
Embora o governo tenha tomado a decisão de liberar o retorno das aulas de ensino superior baseado, entre outros aspectos, no fato de que os jovens e adultos têm mais capacidade de seguir as medidas de segurança, Renato Casagrande observa que, se os indicadores da Covid-19 no Espírito Santo piorarem, a autorização de funcionamento das instituições poderá ser revista e a retomada das atividades presenciais, adiada.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta