Durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (3), o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, fez um alerta para o uso de remédios que não têm eficácia comprovada contra o novo coronavírus. Para ele, além do risco de efeitos colaterais, as medicações que não tenham a comprovação científica de que combatem a doença de forma preventiva podem trazer uma falsa sensação de segurança, o que, segundo o subsecretário, aumenta o risco de transmissão da doença.
Em seguida, Reblin reforçou que a única forma de evitar a doença é respeitando o isolamento social, já que ainda não há uma vacina ou medicação cientificamente comprovada para o tratamento da Covid-19. Não temos um medicamento, uma vacina para injetar, que nos proteja. A única proteção, a única vacina, é permanecer em casa, completou.
A fala do subsecretário veio após uma das respostas dadas pelo Secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, sobre questionamentos relacionados ao uso da cloroquina no Espírito Santo. Fernandes afirmou que a posição do governo estadual é orientada em embasamentos científicos, consensos de sociedades médicas e especialistas internacionais, que não trazem evidências sobre a eficácia do remédio no tratamento da doença.
Não há evidências científicas que recomendem o uso da hidroxicloroquina em fase inicial da doença, principalmente em atividade ambulatorial, disse.
Apesar de confirmar que essa é a orientação passada aos municípios, disse que o Estado não proibiu o uso do medicamento e que os municípios que quiserem adotar, podem utilizá-lo. A posição do Estado é clara, orientado por evidências e com foco na segurança do paciente. No entanto, não é proibitiva. Os municípios que quiserem adotar a hidroxicloroquina, assim o podem fazer, afirmou.
Sem detalhar quais municípios solicitaram, Nésio confirmou também que o medicamento já foi distribuído para mais de 10 cidades no Espírito Santo. A Gazeta noticiou que, além da Capital Vitória, a prática foi adotada nos municípios de Aracruz, Cariacica, Itapemirim, Nova Venécia e Colatina.
Nós já distribuímos a hidroxicloroquina para mais de 10 municípios capixabas ao longo dos últimos dias, que adotaram os respectivos protocolos e resolveram regulamentar a prescrição do medicamento na rede pública, destacou.
Sobre o uso na rede privada, Nésio afirmou que nenhuma esfera pública - municipal, estadual ou federal - regulamentou a utilização da hidroxicloroquina, e que as instituições seguem suas regulamentações próprias.
O governo do ES, nem as secretarias municipais de saúde, nem o Ministério da Saúde, normatizaram, proibiram ou atualizaram o uso do medicamento na rede privada. Os profissionais dessa rede podem fazê-lo de acordo com o regulamento próprio das suas instituições de saúde, completou.
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