A Cesan informou que recebeu três reclamações sobre desabastecimento neste sábado (5) e que identificou 50 imóveis que possivelmente estariam sendo afetados pelo problema na região de São José e Santo André, na Capital. Carros-pipa foram enviados. O texto foi atualizado.
Mais um dia sem água! Segundo relatos de alguns moradores, o abastecimento ainda não foi plenamente restabelecido pela Cesan. Mesmo com cobranças do Ministério Público Estadual e do Procon Vitória, a situação de falta d'água, cujo serviço de fornecimento é considerado essencial, permaneceu em alguns pontos da Capital nesta sexta-feira (4). No sábado (5), até o início da tarde, a companhia acumulava três reclamações e identificou 50 imóveis que possivelmente ainda estariam sofrendo com desabastecimento.
Em entrevista à repórter Juirana Nobres, da TV Gazeta, na sexta-feira, a moradora Keila, do bairro São José, na região da Grande São Pedro, na Capital, afirmou que a sorte tem sido os caminhões-pipa enviados ao local. "O caminhão-pipa veio e graças a Deus consegui lavar as vasilhas. Estamos há muitos dias sem água na torneira, inclusive sem roupa lavada. Trouxe até baldes do meu serviço, com medo de ficar sem água. Ainda bem que temos os caminhões-pipa, mas queremos a água do cano, a gente paga e não acha justo ficar sem", reclamou.
Procurada pelas reportagens de A Gazeta e da TV Gazeta nesta sexta (4), a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), por meio de vídeo gravado pelo diretor Pablo Andreão, informou que a Grande São Pedro, região mais afetada pelo desabastecimento, está em fase de normalização. "Como já havíamos previsto, hoje o sistema praticamente está todo normalizado nas partes mais baixas, as moradias com até dois pavimentos estão praticamente todas atendidas", iniciou.
Segundo Andreão, algumas casas com mais de três andares precisam de uma pressão mais alta e, neste caso, permanecem sendo atendidas com carro-pipa. "Mesmo com essa situação melhor, ainda temos uma situação de desabastecimento, mas com manutenção dos caminhões-pipa. Só em São Pedro temos oito deles. Estamos pesquisando vazamentos e outras situações operacionais, mas a situação já melhorou bastante. Estamos hoje com em torno de 60 reclamações em toda a região da Grande São Pedro. Estamos medindo a pressão na rede e já está praticamente normal", disse.
Já neste sábado (5), de acordo com a Cesan, a situação teria melhorado. Até o início da tarde, a companhia acumulava apenas três reclamações e identificou 50 imóveis que ainda estariam sem receber água. Esses locais foram atendidos com o fornecimento de carros-pipa.
"As reclamações foram das regiões de São José e Santo André. Nossa equipe também está em campo, fazendo as verificações de pressão. Sabemos que o abastecimento por carros-pipa não é o ideal, mas a água está sendo disponibilizada para as pessoas. O nosso monitoramento será mantido neste final de semana", afirmou Pablo Andreão.
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) enviou ofício pedindo informações à Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) sobre os problemas com a falta d'água que vem sendo registrada nos últimos dias na Grande Vitória, em especial na Capital capixaba. O órgão afirmou, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (03), que está acompanhando o caso e que recebeu diversas reclamações sobre desabastecimento e distribuição de água imprópria ao consumo.
O MPES, por meio da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, pretende receber detalhamento atualizado do que está sendo feito para que sejam sanados os problemas. Além disso, uma nova reunião com a Cesan, para tratar desses e de outros assuntos pertinentes, está sendo agendada para uma data próxima, ainda não divulgada.
A Prefeitura de Vitória anunciou nesta quinta-feira (03) que instaurou processo administrativo, por meio do Procon municipal, contra a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), por conta da falta d'água que tem afetado municípios da Região Metropolitana. O contrato entre a gestão municipal e a empresa prevê uma série de punições em caso de descumprimento do que foi acordado. A descontinuidade da distribuição de água, ou seja, falta ou disponibilidade apenas em alguns horários do dia, pode render advertência, multa — que pode chegar a R$ 12 milhões, a depender da gravidade da infração — ou até rescisão do contrato.
O procurador-geral da Prefeitura de Vitória, Tarek Moysés, explicou que as sanções são aplicadas de acordo com a gravidade da infração. As advertências, multas ou até a quebra do contrato são anúncios que dependem de um parecer da Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsp). No entanto, esclarece que, neste primeiro momento, trata-se apenas de um processo administrativo interno.
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