As fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo na terça-feira (7) causaram alagamentos e interrupções no fornecimento de energia elétrica, deixando moradores de diferentes regiões da Grande Vitória em situação complicada. Pessoas relataram à reportagem de A Gazeta e TV Gazeta os transtornos causados pelo temporal, como casa destelhadas, móveis danificados e o risco de perder alimentos congelados devido à falta de luz.
Elisângela Bispo, moradora Rua Eduardo Fairich, no bairro Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, deu um depoimento emocionado à repórter Quézia Prado, da TV Gazeta, durante o programa Bom Dia ES. Sem conseguir conter as lágrimas, ela lamentou os estragos na casa, entre eles, uma cama com colchão comprado há apenas três meses.
Ela contou que, em casa, a água subiu cerca de um metro, colocando móveis e eletrodomésticos em risco. Sem energia elétrica, a preocupação aumentou. “Eu estava sem velas. Com a luz do celular, fui pegando o que dava, como documentos, e colocando em cima das coisas”, relatou Elisângela. Ao vivo, ela mostrou que já havia adaptado os móveis para que eles não estragassem durante uma inundação, com uma estrutura de madeira por baixo deles, para elevar a altura.
Telma, mãe de Elisângela, falou sobre o medo de perder alimentos. “Com o celular descarregado, a gente não consegue ligar para a EDP”.
Jhonata, marido de Elisângela, disse que teve dificuldades para conseguir que a EDP, concessionária de fornecimento de energia elétrica, enviasse uma equipe até o local. “Dizem que vão abrir um chamado, pedem ponto de referência e nada”, desabafou. Segundo os moradores, uma obra recente na rua piorou a situação, elevando ainda mais o nível da água durante as chuvas.
Por volta das 8h da manhã desta quarta-feira (8), a EDP informou que uma equipe já estava no bairro Nossa Senhora da Penha trabalhando no reparo da rede elétrica atingida pelo temporal de terça, que interrompeu o fornecimento para parte da Rua Eduardo Fairich. Às 8h50, a concessionária informou que o fornecimento de energia para os moradores havia sido normalizado.
No bairro Aribiri, também em Vila Velha, placas de energia solar se desprenderam do telhado de uma casa, na Rua Dois de Fevereiro, e atingiram outra residência na mesma rua, quebrando o telhado fazendo com que os destroços caíssem na cama, por volta das 19h30. A moradora contou que já estava indo deitar e, por pouco, não foi atingida. “Eu estava acabando de tomar banho. Foi um livramento de Deus”, disse, em entrevista à TV Gazeta.
No bairro Soteco, também em Vila Velha, um prédio foi destelhado. A chuva forte com ventos intensos levou quase todo o telhado do edifício. Uma vizinha gravava a força da tempestade quando a estrutura voou, causando espanto. O repórter Cristian Miranda, da TV Gazeta, esteve no local e mostrou a destruição causada pelo temporal. Apesar do susto, ninguém se feriu na ocorrência.
A Defesa Civil de Vila Velha informou que as equipes técnicas vão realizar vistorias nas casas destelhadas. Orientou ainda que os moradores saiam da residência se a estrutura estiver oferecendo algum perigo. A recomendação é procurar a casa de um parente ou vizinho até que a casa seja vistoriada.
Em Vitória, ruas já começaram a ficar alagadas com 20 minutos de chuvas intensas. O trânsito na Avenida Cezar Hilal ficou parado na noite de terça.
Imagens enviadas à reportagem mostram transtornos também no município da Serra. Veja:
Em Cariacica, carros ficaram ilhados após o temporal. Confira:
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