O drama da família do marítimo Eric Barcelos Rangel, de 56 anos, que desapareceu após um naufrágio em Guarapari no último domingo (1º), continua. As buscas pelo desaparecido seguem, mas ainda sem pistas fortes de onde o trabalhador possa estar. Familiares do chefe de máquinas afirmam que vão à Capitania dos Portos nesta sexta-feira (6) solicitar que as equipes façam uma varredura com um equipamento que detecta estruturas metálicas e que pode ser útil para localizar o rebocador que afundou.
"Hoje estamos indo na Capitania dos Portos solicitar que eles façam uma varredura com sonar instrumento para localizar embarcações para tentar saber se o meu pai está dentro da embarcação. Até então, temos a fala dos tripulantes relatando que viram ele de boia, mas não sabemos. É um aparelho especializado que detecta estrutura metálica no fundo do mar e que pode ajudar a localizar onde está a embarcação. É um mistério", lamenta Tamiris Rosa, uma das filhas do marítimo, que trabalhava no barco como chefe de máquinas.
O rebocador em que o marítimo estava naufragou em Guarapari, próximo à Ilha Escalvada. A Marinha do Brasil informou que as buscas continuam e afirmou que ainda não recebeu esse pedido da família para o uso do sonar. No total, três embarcações da Capitania dos Portos, um navio-patrulha e um helicóptero são usados no trabalho, que se estende da área entre Jacaraípe, na Serra, e o Sul de Guarapari.
Eric estava com outros dois tripulantes no rebocador, que seguia de Vitória para o Porto de Açu, em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro. Os colegas dele foram resgatados na tarde de segunda-feira (2), após passarem várias horas em alto-mar, mas Eric não foi mais visto. O resgate, segundo a família do chefe de máquinas, foi acionado por tripulantes de um navio que viram o rebocador.
Os tripulantes foram resgatados pela lancha Falésia, da Praticagem, e trazidos ao cais da Capitania. Foram prestados os primeiros atendimentos médicos em ambulância do SAMU, sendo em seguida encaminhados ao hospital. Eles informaram que a embarcação naufragou nas proximidades da Ilha Escalvada, em Guaparari. O rebocador teria colidido com uma pedra antes de afundar. A Marinha do Brasil abriu um inquérito para investigar o acidente com o rebocador.
Além da Marinha, a Superintendência Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho (MPT) também anunciaram que vão investigar se o possível descumprimento de normas de segurança do trabalho pode ter provocado o naufrágio do rebocador na costa de Guarapari.
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