A família do motoboy Renato Vieira da Costa, que morreu no último dia 12 ao ser atingido por um motorista que ultrapassou o sinal vermelho, voltou ao local do acidente neste domingo (20) para protestar. Amigos e familiares da vítima fecharam uma das pistas da Avenida Fernando Ferrari, em Vitória, e pediram mais respeito às regras de trânsito.
Renato fazia entregas de lanches por um serviço por aplicativo quando foi atingido por um carro que não parou no semáforo. O motorista fez o teste do etilômetro, que deu negativo para a ingestão de álcool. Ao longo da semana, colegas de trabalho do motoboy também realizaram manifestações para chamar a atenção das autoridades sobre os riscos que a categoria corre. A Polícia Militar acompanhou o ato deste domingo.
O irmão de Renato, Warley Vieira da Costa, criticou o projeto de lei, já aprovado no Senado, que aumenta de cinco para dez anos a validade das carteiras de motoristas. Para ele, é preciso regras mais rígidas no trânsito para evitar o número alto de mortes.
"Fizemos um protesto para que as pessoas deem mais valor a vida. Fizemos uma pequena passeata, demos uma volta no quarteirão e fizemos uma oração no local onde meu irmão morreu. Acredito que se as pessoas fossem mais responsáveis ao dirigir, meu irmão estaria vivo. Em vez de ter normas mais severas, temos visto uma legislação cada vez mais frouxa para crimes de trânsito", contou.
O motorista que avançou o sinal vermelho e provocou o acidente que terminou com a morte de Renato foi ouvido pela polícia e liberado. De acordo com o boletim da Polícia Militar, ele admitiu que o ultrapassou o semáforo, que estava fechado para ele. Aos policiais que atenderam a ocorrência, o motorista afirmou que não conseguiu frear a tempo.
Avançar o sinal vermelho é considerada uma infração gravíssima, sujeita ao pagamento de multa no valor de R$ 293,47 e perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação(CNH).
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