Após ter que esperar por mais de 30 horas pela liberação dos corpos no Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, a família de Charlene de Lemes Gonçalves, de 40 anos, e da filha dela, Ysaquiely Junia Gonçalves de Araújo, de 11 anos, afirma que precisou aumentar as covas durante o sepultamento, na noite da última sexta-feira (17).
Segundo a filha de Charlene, Emanuelly Silva, os corpos demoraram a ser liberados por conta da falta de médico legista na unidade do SML. Sabendo da demora, ela conta que foi avisado aos funcionários do cemitério do bairro Coronel Borges, que o enterro seria tarde.
“A cova era rasa e muito estreita. Meu avô, meu tio e um primo encontraram uma pá e aumentaram. Não tinha nenhum funcionário para ajudar, uma escuridão”, contou Emanuelly.
Ao contrário do que a família contou, a prefeitura disse, por meio de nota, que a Secretaria de Manutenção e Serviços de Cachoeiro informou que não houve nenhuma intercorrência durante o sepultamento das vítimas e que foi prestada toda a assistência necessária à família. O sepultamento, inclusive, ocorreu após o horário de atendimento do cemitério municipal, que é até as 17h.
Segundo o delegado de Itapemirim, Edson Lopes Júnior, Charlene e Michael estavam separados havia cerca de 5 meses. Na noite de quarta, Michael pulou o muro e invadiu a casa da ex-companheira para matá-la. A filha Ysaquiely entrou na frente para defender a mãe e acabou sendo esfaqueada também. Michael Prates Garcia, de 31 anos, foi preso em flagrante pela Guarda Municipal de Marataízes, levado para a 7ª Delegacia Regional de Itapemirim e encaminhado ao sistema penitenciário. Segundo o delegado, ele já tinha passagens por homicídio e tráfico de drogas.
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