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Família do ES aguarda chegada de corpo para sepultar capixaba morta na França

Família do ES aguarda chegada de corpo para sepultar capixaba morta na França

Para trazer o corpo de Juliana de Oliveira Salomão foi necessária uma ajuda financeira de R$ 80 mil. Corpo deve chegar ao Brasil nesta sexta (22)

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 18:43

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Juliana Salomão, mulher de Nova Venécia que foi morta pelo marido na França
Juliana Salomão, mulher de Nova Venécia que foi morta pelo marido na França. (Arquivo da família)

Na semana em que completa um mês do crime, a família de Juliana de Oliveira Salomão, de 41 anos, morta a facadas em uma cidade no interior da França, no último dia 24 de outubro, espera pela chegada do corpo para realizar o sepultamento em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo. Foi necessária uma ajuda financeira de R$ 80 mil para arcar com todos os custos de liberação e transporte.

Caso ocorra como planejado, o corpo chega ao Brasil nesta sexta-feira (22). A família pretende velar e sepultar o corpo de Juliana neste domingo (24), quando completa exatamente um mês da morte. A irmã, Danielle de Oliveira Pigatti, contou estar há cinco anos sem vê-la e não era dessa forma que gostaria que ocorresse o reencontro.

“Tinha mais de cinco anos que a gente não se via. Em fevereiro iria fazer seis. Não vou poder mais, não era a maneira como queríamos que ela voltasse. Ela não se foi, ela foi tirada de nós. Poder trazer para cá, ao menos, vai dar um alívio para a minha mãe, por saber que ela está aqui. Nós precisamos desse momento para encerrar, para poder seguir a nossa vida e continuarmos”, disse.

Marido é o principal suspeito

O principal suspeito do crime é o ex-marido de Juliana, Marcelo Salomão, que teria tirado a própria vida em seguida. Antes de morrer, a família da vítima soube do histórico do casal e das agressões que ela sofria.

“A gente pediu muito para ela vir embora. Toda a família pediu para ela vir. Eu disse para ela que nada pagava saúde mental e a vida dela e dos meninos. Ela falou sobre a escola e a faculdade dos meninos. Dizia que não tinha dinheiro, mas a gente falava que iria criar dívida, se fosse preciso”, relatou a irmã.

Filhos vão ficar na França

Juliana teve três filhos, uma jovem de 21 anos e dois adolescentes, de 17 e 14 anos. Na época do crime, os dois meninos estavam morando com ela na França e a mais velha no Brasil. A família da vítima não havia conseguido contato com os dois quando o crime aconteceu, mas depois puderam conversar.

Segundo Danielle, os meninos decidiram permanecer na França, após receberem apoio do país. “A França ofereceu moradia, estudos e assistência social aos meninos. O mais velho, quando completar 18 anos, vai ter um apartamento, vai poder estudar e trabalhar”, afirmou.

A reportagem da TV Gazeta Noroeste procurou a Justiça Francesa para obter mais informações sobre o caso, mas não teve resposta. Em nota, o Itamaraty informou que presta auxílio consular à família, mas relatou que o traslado do corpo para o Brasil não pode ser custeado com recursos públicos.

*Com informações do repórter Enzo Teixeira, da TV Gazeta Noroeste

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