Na semana em que completa um mês do crime, a família de Juliana de Oliveira Salomão, de 41 anos, morta a facadas em uma cidade no interior da França, no último dia 24 de outubro, espera pela chegada do corpo para realizar o sepultamento em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo. Foi necessária uma ajuda financeira de R$ 80 mil para arcar com todos os custos de liberação e transporte.
Caso ocorra como planejado, o corpo chega ao Brasil nesta sexta-feira (22). A família pretende velar e sepultar o corpo de Juliana neste domingo (24), quando completa exatamente um mês da morte. A irmã, Danielle de Oliveira Pigatti, contou estar há cinco anos sem vê-la e não era dessa forma que gostaria que ocorresse o reencontro.
“Tinha mais de cinco anos que a gente não se via. Em fevereiro iria fazer seis. Não vou poder mais, não era a maneira como queríamos que ela voltasse. Ela não se foi, ela foi tirada de nós. Poder trazer para cá, ao menos, vai dar um alívio para a minha mãe, por saber que ela está aqui. Nós precisamos desse momento para encerrar, para poder seguir a nossa vida e continuarmos”, disse.
O principal suspeito do crime é o ex-marido de Juliana, Marcelo Salomão, que teria tirado a própria vida em seguida. Antes de morrer, a família da vítima soube do histórico do casal e das agressões que ela sofria.
“A gente pediu muito para ela vir embora. Toda a família pediu para ela vir. Eu disse para ela que nada pagava saúde mental e a vida dela e dos meninos. Ela falou sobre a escola e a faculdade dos meninos. Dizia que não tinha dinheiro, mas a gente falava que iria criar dívida, se fosse preciso”, relatou a irmã.
Juliana teve três filhos, uma jovem de 21 anos e dois adolescentes, de 17 e 14 anos. Na época do crime, os dois meninos estavam morando com ela na França e a mais velha no Brasil. A família da vítima não havia conseguido contato com os dois quando o crime aconteceu, mas depois puderam conversar.
Segundo Danielle, os meninos decidiram permanecer na França, após receberem apoio do país. “A França ofereceu moradia, estudos e assistência social aos meninos. O mais velho, quando completar 18 anos, vai ter um apartamento, vai poder estudar e trabalhar”, afirmou.
A reportagem da TV Gazeta Noroeste procurou a Justiça Francesa para obter mais informações sobre o caso, mas não teve resposta. Em nota, o Itamaraty informou que presta auxílio consular à família, mas relatou que o traslado do corpo para o Brasil não pode ser custeado com recursos públicos.
*Com informações do repórter Enzo Teixeira, da TV Gazeta Noroeste
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