Com apenas cinco anos, a pequena Yara Rohsner já pode ser considerada uma guerreira. Diagnosticada com neuroblastoma (um tipo de câncer infantil), ela e a mãe, a fotógrafa Jessica Roshner Vianna, de 31 anos, pedem por doações para conseguir fazer a retirada de um tumor e para ganhar um remédio em fase de testes fora do Brasil.
Apesar de ter sido parcialmente curada em 2021, ela ainda possui um tumor na região do abdômen. A expectativa da família é de conseguir juntar R$ 600 mil para viajar aos Estados Unidos e submetê-la à cirurgia, além de participar de um estudo que diminui de 40% para 3% as chances de retorno da doença.
Jessica contou para a reportagem de A Gazeta que os primeiros sintomas do câncer começaram a aparecer em 2020, no auge da pandemia da Covid-19. Segundo a mãe, Yara se sentia cansada, tinha constipação intestinal e reclamava de dores nas pernas. Vários exames foram feitos, mas nenhum descobria o que tinha de errado com a menina.
"Fomos fazendo exames em 2020 e não aparecia nada de mais. Até que, em setembro de 2020, descobrimos que o câncer já estava avançado. Demorou uns cinco meses até a gente descobrir. Nós íamos ao pronto-socorro e os médicos diziam ser para tomar um remédio e voltar para casa, por conta os riscos da Covid. Era pior ficar no hospital. Sem contar que os sintomas eram muito bobos para o período da pandemia em que estávamos", afirmou.
Descobriu-se, então, que a doença já estava em metástase e no nível quatro, representando um alto risco de mortalidade. Ela atingia sobretudo os ossos, a medula e o abdômen. Foram pelo menos 12 ciclos de quimioterapia no hospital Milena Gottardi, na Capital capixaba, como também exames, procedimentos cirúrgicos e transfusões de sangue e de plaquetas.
Após um ano de sessões de quimioterapia, os exames de imagem foram refeitos e mostraram que o câncer já tinha sumido da medula e dos ossos. No entanto, um tumor de 10 cm permanecia no abdômen da menina. Para diminuir os riscos da doença se espalhar de novo, ela ainda precisou fazer um transplante no Hospital da Criança, em Brasília (DF), no início de 2022. A família é moradora de Vitória e precisou passar 10 meses na capital federal.
"Mal comemoramos a cura e tivemos que ir para Brasília. Fizemos transplante de medula, radioterapia e imunoterapia, tudo para diminuir as chances do câncer voltar. Essa é a batalha pós-cura. A gente comemora, mas fica uma sombra de medo dele voltar. Fomos fazendo protocolos a mais para ela ter chances de sobrevida", explicou.
Pouco tempo depois, Yara foi aceita para um tratamento experimental na Carolina do Norte (EUA), com um medicamento que vem sendo testado há 10 anos e que já está em fase final para comercialização. Porém, para que ela possa tomar o remédio e participar da pesquisa, a menina precisa retirar o tumor – e os cirurgiões americanos acreditam conseguir fazer o procedimento lá.
Os valores levantados serão para o procedimento cirúrgico, os exames clínicos, as passagens aéreas e outros custos do tratamento. Toda a alimentação durante o procedimento e hospedagem será garantida e custeada pela casa de apoio do Instituto do Ronald MC Donald’s.
"No dia 1º de fevereiro a Yara completa um ano de transplante. E ela termina o uso de um medicamento que faz de uso diário, o Roacutan. Quando ela parar, os médicos falam que vai começar a ficar desprotegida. Queremos estar lá até o dia 20 de fevereiro. Por isso que abrimos essa vaquinha. Estamos contando com todo o apoio", ressaltou.
Quem quiser doar pode acessar a vaquinha online criada pela família ou transferir qualquer valor para o Pix (27) 99740-0333 e o Picpay @amor_cura.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta