A família de Gildazio de Jesus Santos, de 54 anos, segue em busca de informações sobre seu desaparecimento. O pescador é um dos quatro tripulantes que estavam na embarcação que afundou perto da costa de Vila Velha, na última quinta-feira (13). Na manhã deste sábado (15), três pescadores foram resgatados em Barra do Riacho, Aracruz, Norte do Espírito Santo.
Em conversa com a reportagem da TV Gazeta, a faxineira e irmã do pescador, Ana Lúcia de Jesus Santos, disse não entender o porquê de ele não ter sido encontrado: “A Marinha explicou que já apareceram três, mas até agora ele não apareceu, por que não apareceu?”, relatou, emocionada.
Ana e o filho de Gildazio foram neste sábado (20) à Capitania dos Portos, com documentos do homem que possam ajudar nas buscas. Segundo ela, o irmão trabalha como pescador há 40 anos e começou a pescar com 15 anos: "Estamos muito angustiados. Ele passava muito tempo na pesca. Ele tem 40 anos de pesca. Começou a pescar com 15 anos”, diz.
Segundo a família, apesar da experiência de 40 anos no mar, o pescador não sabe nadar: "Quando o barco afundou, ele pegou o tambor e os outros três pularam com colete e ele estava sem e afundou. A Capitania tem dois dias de busca e nada dele ainda. Foi a primeira vez que o barco afundou com ele porque nem nadar ele sabe", contou o filho, Daniel Alves dos Santos
Os destroços da embarcação apareceram na Barra do Riacho, em Aracruz. Outros três pescadores também foram encontrados agarrados ao que sobrou do barco, mas Gildazio continua desaparecido.
A família não perde a esperança: "Eu penso dessa forma. Enquanto eu não ver, para mim está vivo. Tem vida. A esperança é a última que morre… eu preciso encontrar meu pai", relatou Daniel.
Segundo a Marinha, assim que recebeu a informação do pedido de socorro da embarcação naufragada na quinta-feira, acionou o serviço de busca e resgate e comunicou o incidente via rádio para toda a comunidade marítima.
"Isso foi muito importante, pois alertou todos os pescadores da área, que conseguiram localizar neste sábado uma embarcação emborcada na área de Barra do Riacho. Encaminhamos uma embarcação de buscas e, duas horas depois, localizamos três sobreviventes", detalhou o capitão de Mar e Guerra Washington Luiz de Paula Santos.
Segundo o capitão, as buscam continuam pelo quarto tripulante, com o auxílio de embarcações e de um helicóptero.
A embarcação saiu da Colônia de Pescadores de Vitória e fazia atividade de pesca havia 10 dias, quando pediu socorro, na última quinta-feira. No dia do desaparecimento, a Capitania dos Portos informou que a embarcação comunicou problemas técnicos quando estava a aproximadamente 18 quilômetros da Praia de Itapoã, em Vila Velha.
Equipes da Capitania dos Portos no Espírito Santo fizeram buscas por dois dias com duas embarcações e uma aeronave do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), do governo do Estado. O navio patrulha Macaé, do Comando da Marinha no Rio de Janeiro, também foi deslocado para procurar a embarcação pesqueira.
A Capitania dos Portos vai abrir um inquérito administrativo para apurar as causas do naufrágio. O capitão informou que o barco em que estavam os pescadores é cadastrado e legalizado.
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