A manhã deste sábado (8) foi de alívio para os familiares de Bianca Soprani Lopes Ribeiro, de 18 anos, que saiu de casa na última segunda-feira (3) sem dizer aonde iria e deixando o telefone celular para trás. Bianca foi encontrada por familiares no bairro Cobilândia, em Vila Velha, por volta das 6h. Segundo o tio dela, Nero de Oliveira Vilarim, a jovem estava desorientada e chegou a não reconhecer os familiares.
Nero disse que Bianca relatou ter pedido uma corrida de aplicativo para a "região da Terceira Ponte", em Vitória, onde "pessoas costumam se reunir". O tio da jovem disse que, durante os cinco dias que a jovem ficou desaparecida, os parentes tiveram dificuldade para dormir, preocupados com ela.
"Meu Deus do céu, parece que tinha uma carreta nas nossas costas. É um alívio, estamos aliviados. Desde segunda-feira estávamos sem dormir, agora que estamos tentando descansar", diz.
Bianca havia desaparecido no início desta semana. Ela saiu de casa, deixando o salário recém-recebido na residência onde mora com os pais, em Alvorada, Vila Velha. Antes de sair, ainda preparou a janta e deixou o celular carregando.
O tio explica que a rescisão de contrato do trabalho tem relação com uma mudança. De acordo com Nero, a jovem pediu demissão e já arranjou outro emprego, no centro de Vila Velha, visto que os pais pretendem se mudar.
Logo que a jovem saiu de casa sem comunicar aos parentes e amigos, a família tratou de encaminhar, por um aplicativo de mensagens instantâneas, uma foto com detalhes do desaparecimento. Foram oferecidos R$ 10 mil reais de recompensa para quem tivesse alguma informação sobre Bianca.
A quantia não foi paga, já que quem ajudou com informações foi uma pessoa que ligou de forma anônima, segundo o tio. A família chegou a contratar detetives para ter detalhes do paradeiro da jovem. Havia até a ideia de contratar um helicóptero para distribuir panfletos – os mesmos compartilhados na rede social.
O boletim de ocorrência foi registrado assim que Bianca Soprani saiu de casa, mas Nero conta que a polícia "não ajudou, até atrapalhou, se negando a entregar o telefone dela".
A reportagem de A Gazeta procurou a Polícia Civil para obter mais informações a respeito do caso e também questionou a corporação sobre o procedimento adotado quanto ao telefone celular da jovem. Segue, na íntegra, a nota enviada pela PC.
"Para apurar informações sobre o registro do Boletim e a investigação, dependemos do expediente administrativo das delegacias, de modo que só teremos como responder na segunda-feira. Sobre o reencontro da adolescente neste sábado, não temos informações, pois não há, até o momento, ocorrência com essas características na Delegacia Regional de Vila Velha", informou a nota da Polícia Civil.
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