Na versão anterior, a reportagem informava que a Terceira Ponte, com a ampliação, teria duas faixas de 2,80 metros e uma de 3,14 metros em cada sentido. No entanto, as larguras das três novas pistas são diferentes, e o texto foi corrigido.
As obras de alargamento da Terceira Ponte resultarão em mudanças para quem trafega pela via. No lugar das duas faixas de 3,5 metros em casa sentido, serão três com as seguintes dimensões: a mais próxima da mureta central com 2,8 metros, a do meio com 3 metros e a destinada a ônibus, motos e veículos de emergência com 3,1 metros. Com as faixas mais estreitas, a velocidade máxima também será reduzida de 80 para 70 km/h. A inauguração das obras está programada para o próximo domingo (27).
Além dessas mudanças, os “corredores” serão extintos, de modo que os motociclistas não poderão mais passar entre os carros. Na nova divisão, as pistas laterais de 3,14 metros serão preferenciais para ônibus, veículos de emergência, táxis e, também, para as motos. A informação foi reforçada pelo secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, durante live promovida por A Gazeta no último dia 15.
Damasceno explicou que a quantidade de ônibus que cruzam a Terceira Ponte é relativamente baixa, em comparação com avenidas pelas quais os coletivos passam. Com isso, dar fim ao corredor levaria mais segurança para os motociclistas, além de proporcionar mais fluidez ao trânsito de maneira geral.
“Lá (na Terceira Ponte), nós achamos mais saudável e prudente tirar a moto do corredor. Aí foi uma decisão estratégica do governo. Falou-se: é melhor nós termos uma quantidade menor de ônibus lá na ponte — nós temos veículos pesados, mas não são muitos —, veículos de serviço, táxi, que é uma concessão pública, e vamos deslocar as motos. (...) Todo mundo vai ter fluxo livre.”
O secretário pontua que, com isso, a ponte ganhará mais de 30% de capacidade, além de haver menos prejuízos ao trânsito nos momentos em que houver pane em algum veículo — situação em que, mesmo com uma faixa interditada, duas permaneceriam livres.
“Quando a gente bota as três faixas, se eu tenho uma pane, eu sempre vou ter duas (faixas livres). Então, eu consigo manter uma fluidez. Hoje, se eu perco uma faixa, perco tudo, fico só com uma faixa, então a operação fica muito difícil", analisa Damasceno.
Questionado se haverá multa para quem não cumprir a orientação, o secretário esclareceu que, a princípio, não há qualquer ação prevista nesse sentido. Após a implementação das mudanças, será feito um trabalho de orientação aos motoristas, a fim de evitar problemas.
“É (algo) mais orientativo. No futuro, nós vamos implantar câmeras. Já vamos ter câmeras na ciclovia, mas na faixa exclusiva ainda não. Nós vamos orientar. É bom no começo sempre estar orientando. Às vezes tem uma dificuldade ou outra, mas a gente vai orientar até as pessoas se acostumarem. É normal você ter esse ajuste do trânsito. Então, o que a gente vai estar orientando: para que o motorista use a faixa dedicada exclusivamente, não use o corredor.”
Em entrevista ao repórter Álvaro Guaresqui, da TV Gazeta, no início de agosto, o professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Tarcísio Bahia pontuou que a mudança exigirá mais cuidados.
"Uma das vantagens da diminuição da largura da via é que você reduz a velocidade e reduz a possibilidade de algum tipo de colisão, fica mais seguro. No entanto, como ela está muito estreita, aquém do que deveria, na minha opinião, o motorista vai ter que transitar com muito cuidado, pois qualquer desatenção ele pode realmente causar algum acidente, de qualquer jeito pode haver alguma pane em algum veículo e vai continuar tendo engarrafamento."
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta