Contrariando as recomendações das organizações de saúde, e até mesmo decretos das prefeituras da Grande Vitória proibindo qualquer realização de blocos nas ruas, eventos em espaços públicos e atuação de ambulantes, a noite de sábado foi marcada por excessos por parte dos “foliões”, que realizaram festas clandestinas e envolveram-se em confrontos com a polícia.
Na Capital, policiais militares foram acionados para verificar uma festa clandestina que estaria acontecendo no Bairro da Penha, após a realização de um bloco de carnaval, também clandestino.
“No local as equipes foram hostilizadas pelas pessoas, que lançaram garrafas de vidro, pedras, pedaços de madeira e outros objetos nos militares. Devido ao fato, foi necessário o uso de equipamentos não letais para cessar as agressões”, informou a Polícia Militar do Espírito Santo, por meio de nota.
Ainda segundo a corporação, após a ação, os participantes da festa se dispersaram e ninguém foi detido. Também não houve informações sobre feridos.
O início dessa confusão – em meio à pandemia de Covid-19, que já deixou mais de 6 mil mortos no Estado e que pode se agravar com a circulação de novas cepas do coronavírus, muito mais transmissíveis – já havia sido noticiado por A Gazeta.
Em Vitória, pelo menos três festas irregulares foram flagradas por leitores no sábado (13). O bloco mencionado pela PM circulou pelas ruas do bairro a partir das 14 horas e aglomerou, segundo moradores, cerca de 350 pessoas na frente de uma distribuidora de bebidas. Houve bateria tocando samba e, durante a noite, som automotivo. Também foram registradas aglomerações no Centro e na Rua da Lama.
Segundo a Prefeitura de Vitória, o Comitê Integrado em Combate à Covid-19, composto pelas Secretarias Municipais de Desenvolvimento da Cidade (Sedec), de Segurança Urbana (Semsu), de Meio Ambiente (Semmam), pela Vigilância Sanitária, pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros, juntamente com a Guarda Municipal, tem realizado a fiscalização de espaços comerciais durante o período de Carnaval.
No Centro, por exemplo, nove estabelecimentos tiveram as atividades paralisadas no sábado (13) por irregularidades nos protocolos de segurança e/ou funcionamento fora do horário permitido. De acordo com a administração municipal, abordagens e a retirada de ambulantes foram necessárias, inclusive, com apreensão de cinco mesas que foram postas na rua para consumo de bebidas.
A noite também foi longa na Serra, onde a fiscalização identificou, na noite de sábado, um baile funk clandestino no bairro São Lourenço. Segundo a administração municipal, o local foi interditado pela equipe de Posturas, juntamente com a Guarda Municipal.
Em Carapebus, três pessoas foram detidas por suspeita de tráfico de drogas, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente da Serra. A pasta também informou que quatro estabelecimentos de Bicanga foram orientados pela fiscalização por estarem com som alto.
Em Vila Velha, a prefeitura informou que realizou no sábado uma ação conjunta com Polícia Militar, Guarda Municipal e equipes de fiscalização em vários bairros da cidade, como: Itapuã, Itaparica, Praia da Costa, Santa Mônica, Prainha, Riviera da Barra e Barra do Jucu – neste último, moradores registraram, em vídeos enviados para A Gazeta, carros com som alto ligado, vendedores de bebidas e muitas pessoas sem máscara aglomeradas durante uma festa clandestina.
“Ao todo foram lavradas dez notificações, incluindo paralisações de som e orientações a aproximadamente 20 estabelecimentos comerciais, como lanchonetes, bares, restaurantes, dentre outros”, informou a Prefeitura de Vila Velha.
A Prefeitura de Cariacica também foi questionada sobre ocorrências no sábado de carnaval no município, mas não retornou até a publicação deste texto.
A Polícia Militar do Espírito Santo esclareceu que a tabulação dos dados será feita somente após o final da Operação Carnaval.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta