As chuvas que tomam conta da Grande Vitória desde o último sábado (5) trazem à tona um problema antigo para os capixabas: os alagamentos de ruas e avenidas. Basta um volume maior de chuva e diversas vias ficam submersas e, muitas vezes, completamente intransitáveis, dificultando a vida de motoristas, motociclistas e pedestres. Como consequência, muitos imóveis também são invadidos pelas águas, que destroem móveis e eletrodomésticos.
Para mostrar à população quais são os pontos mais críticos, A Gazeta listou, junto a boletins da Defesa Civil e informações das próprias gestões municipais, quais são os locais com maior acúmulo de água das chuvas na Região Metropolitana.
Na Capital, a prefeitura informa que “Vitória é uma ilha formada por morros cercados por áreas de baixo aterro” e que, diante dos alagamentos, tem atuado com obras de macrodrenagem e requalificação de estações de bombeamento das águas das chuvas em pelo menos onze bairros: Mário Cyprestes, Santo Antônio, Inhanguetá, Estrelinha, Grande Vitória, Universitário, Ilha de Santa Maria, Cruzamento, Monte Belo, Jucutuquara e Fradinhos.
Na cidade, para diminuir os transtornos e garantir a segurança da população, a Defesa Civil municipal realiza o monitoramento e mantém um esquema de plantão e vistoria das áreas de risco. Uma equipe do órgão trabalha 24 horas para atender as demandas da população. O munícipe pode acionar o plantão pelo telefone (27) 98125-0986.
No município canela-verde, também afetado pelas últimas chuvas, as intervenções para diminuir as ocorrências de alagamento fazem parte do “Programa de Desassoreamento de Galerias e Canais”. Segundo a gestão vila-velhense, a atuação do programa prevê a fluidez das caixas de ralo até os canais, limpeza nas galerias pluviais e obras para reconstrução de rede de drenagem de bairros como Ataíde, Jaburuna, Alvorada e Ibes.
Segundo a Prefeitura da Serra, os pontos mais comuns para o registro de alagamentos na cidade ficam nos bairros José de Anchieta, Nova Carapina, Novo Horizonte, Barcelona, Campinho da Serra I e Serra Dourada II. Diante das chuvas, a gestão municipal afirma que faz obras de drenagem e limpeza de canais e bueiros para o rápido escoamento das águas.
De acordo com a prefeitura cariaciquense, segundo o Plano Diretor de Águas Pluviais (PDAP) da cidade, os bairros mais afetados são aqueles que ficam nas bacias dos rios que margeiam o município. Logo, os bairros Porto Novo, Porto de Santana, Itanguá, Nova Brasília e outras localidades ribeirinhas são as mais propensas ao risco. Na cidade, através da Defesa Civil, o PDAP foi elaborado para criar mecanismos voltados para o escoamento das águas pluviais e dos rios em áreas urbanas e rurais.
O município ainda conta com planos para identificação das áreas de risco e para desenvolvimento de ações de agentes das secretarias para ações de proteção à população. Além disso, "a Secretaria de Obras realiza intervenções pontuais para prevenir alagamentos, como em obras de pavimentação e drenagem a fim de melhorar o escoamento de águas pluviais", como informa a prefeitura.
No município de Viana, durante as fortes chuvas, os pontos críticos são registrados em vias dos bairros Marcílio de Noronha, Vila Bethânia, Viana Sede e Bom Pastor. Na cidade, a prefeitura sinaliza que tem feito obras em parceria com o governo do Estado para diminuir os alagamentos nesses e em outros pontos.
"Além disso, está em andamento um projeto para viabilizar, junto à Eco101, uma solução definitiva para os alagamentos que cortam o município, especialmente nas áreas da BR 262. Esses investimentos visam melhorar a infraestrutura de drenagem e reduzir os impactos das chuvas na população de Viana", destaca a prefeitura da cidade.
Para elaboração da reportagem, A Gazeta procurou pelas gestões de Guarapari e Fundão, cidades que também fazem parte da Grande Vitória. A demanda sobre as chuvas e pontos críticos de alagamento, porém, não foi respondida até o fechamento deste material.
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