A disseminação de uma notícia falsa nas redes sociais está causando transtornos na vida do auxiliar de balança Marques Nascimento, de 24 anos. Ele é morador de Vila Velha e a foto da carteira de identidade dele está sendo usada em uma montagem como se ele estivesse na lista de criminosos procurados pela polícia.
Na foto, Marques teria um mandado de prisão pelos crimes de lesão corporal na forma da Lei Maria da Penha e estupro. No entanto, ele nunca teve problemas com a polícia. “Não sei porque fizeram essa maldade. Estou com medo de andar na rua. Não posso sair. Tem que está sempre alguém buscando do serviço para a casa e de casa para o serviço”, disse.
Para desmentir o boato, o auxiliar de balança gravou um vídeo em frente a uma delegacia. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp) confirmou que a notícia é falsa e que Marques não está na lista de procurados.
A criação e o compartilhamento de notícias falsas é considerado uma infração e pode culminar em uma investigação por crime contra a honra. “Tanto a pessoa que faz a informação e divulga como aquelas que compartilham sabendo se tratar de uma informação falsa podem responder por crime de calúnia, injúria ou difamação”, informou o delegado Ícaro Ruginski.
Há casos em que uma notícia falsa termina em tragédia. Foi o que aconteceu com Miguel Inácio Santos Filho, de 49 anos. Em 2021, ele foi morto a pedradas no bairro Costa Dourada, na Serra, por duas mulheres que espalharam boatos de que ele teria abusado sexualmente de crianças.
Com medo de que a vida dele e dos familiares esteja em risco, Marques evita andar pelas ruas. “Eu quero que isso acabe. Para poder ter minha rotina de volta e viver em paz”, finalizou a vítima.
*Com informações da repórter Quézia Prado da TV Gazeta
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