Paredes pretas, janelas destruídas e móveis completamente consumidos pelo fogo. Esse é um breve retrato que resume como ficou o apartamento de um condomínio localizado em Jardim Camburi, em Vitória, na manhã desta segunda-feira (2), depois de o local sofrer uma explosão, segundo relatos de moradores, e ser tomado por um incêndio.
Fotos feitas pela equipe de A Gazeta no prédio também mostram a destruição parcial do apartamento de Ricardo Rafaski, que mora na unidade em frente a que entrou em chamas. Com a força da massa de ar causada pelo estrondo, a porta de entrada das duas residências foram parar no meio da sala de estar dele.
De acordo com uma nota do Corpo de Bombeiros, quatro apartamentos foram atingidos pelas chamas. "Dois ficaram bem destruídos, inclusive a unidade que foi o foco do fogo, e dois pouco atingidos", detalhou a Corporação. Sete pessoas estão desalojadas. O condomínio fica na Avenida Doutor Herwan Modenese Wanderley, próximo ao Hospital e Maternidade Santa Paula.
De acordo com testemunhas, o incêndio começou por volta das 10h30. Vídeos mostram o fogo atingindo o terceiro andar do prédio e a forte fumaça preta. Com a força do ar quente, janelas, portas e aparelhos de ar-condicionado voaram e caíram nas áreas comuns do condomínio Residencial Club Jardim Camburi. Três pessoas também precisaram ser socorridas no local.
Apesar de muito ferido, o proprietário e morador do apartamento onde o incêndio começou teria recusado a ajuda dos vizinhos e saiu do condomínio dirigindo o próprio carro. O relato foi passado por Ricardo Rafaski (vizinho da frente) e por Elisângela Pereira de Oliveira, que mora no primeiro andar do prédio.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, há suspeita "de que um homem tenha incendiado o local". Sem causa definida, o incêndio será investigado. "O prazo mínimo para conclusão do laudo pericial é de 30 dias. Somente após finalizado, informações serão repassadas", disse em nota.
Horas depois do incêndio, o proprietário e morador do apartamento onde tudo começou foi encontrado morto no bairro Mata da Praia, em Vitória a menos de cinco quilômetros do condomínio. Identificado como Marcelo Agostinho Gonçalves, ele tinha 52 anos, era dono de uma oficina e deixa um filho.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo dele foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) da Capital e liberado por familiares pouco depois. As informações são de que teria tirado a própria vida com um tiro de arma de fogo. O caso foi registrado como suicídio pela Polícia Militar.
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